A Alphabet (NASDAQ:GOOGL) divulgou os resultados do primeiro trimestre após o fechamento do pregão regular de terça-feira (25) que excederam as estimativas dos analistas.
A ação GOOGL negociada em Nova York saltou mais de 4% nas negociações estendidas antes de reduzir seus ganhos. No momento da publicação, 5h30 (horário de Brasília), de quarta-feira, as ações GOOGL estavam em alta de 1,4%.
A Alphabet também é negociada na B3 através do ticker (BOV:GOGL34).
A empresa também disse que seu conselho autorizou uma recompra de ações de US$ 70 bilhões.
Aqui estão os principais números:
- Lucro por ação: US$ 1,17 por ação contra US$ 1,07 por ação esperado, de acordo com a Refinitiv.
- Receita: US$ 69,79 bilhões contra US$ 68,9 bilhões esperados, de acordo com a Refinitiv.
A batida nas linhas superior e inferior quebra uma sequência de quatro trimestres consecutivos em que a empresa não atingiu as estimativas de consenso. Outras métricas:
- Receita de publicidade do YouTube: US$ 6,69 bilhões contra US$ 6,6 bilhões esperados, de acordo com a StreetAccount.
- Receita do Google Cloud: US$ 7,45 bilhões contra US$ 7,49 bilhões esperados, de acordo com a StreetAccount.
- Custos de aquisição de tráfego (TAC): US$ 11,72 bilhões contra US$ 11,78 bilhões esperados, de acordo com a StreetAccount.
A receita da Alphabet aumentou 3%, para US$ 69,79 bilhões, ante US$ 68 bilhões no ano anterior, de acordo com o relatório de lucros. A empresa está atolada em um trecho de vários trimestres de baixo crescimento de receita de um dígito após quase duas décadas de expansão rápida e consistente. Com o temor de uma recessão crescendo desde o ano passado, os anunciantes estão perdendo os orçamentos de marketing online, causando estragos no Google, Facebook e outros.
Em sua conferência com investidores, a diretora financeira Ruth Porat disse que, devido ao ambiente econômico desafiador, “as perspectivas permanecem incertas”.
A receita publicitária superou as expectativas dos analistas, mas caiu em relação ao ano anterior para US$ 54,55 bilhões. A receita de anúncios do YouTube ficou em linha com as expectativas dos analistas, também caindo em relação ao ano anterior.
Além da redução geral nos gastos com anúncios, o YouTube também enfrenta uma concorrência acirrada do TikTok em vídeos curtos.
Para lidar com a recente fraqueza da publicidade, o Google teve que fazer seus cortes mais extremos na história da empresa, incluindo a demissão de 12.000 funcionários – cerca de 6% de sua força de trabalho – em janeiro. Este mês, a CFO Ruth Porat anunciou cortes “plurianuais” em itens como imóveis, serviços e equipamentos para funcionários.
A Alphabet informou US$ 2,6 bilhões em encargos relacionados a demissões e redução de espaço de escritórios durante o trimestre.
O lucro líquido caiu para US$ 15,05 bilhões, ou US$ 1,17 por ação, de US$ 16,44 bilhões, ou US$ 1,23 por ação.
O Google está finalmente gerando lucro em seu negócio de computação em nuvem, que compete com a Amazon e Microsoft. A unidade registrou receita operacional de US$ 191 milhões no trimestre, após um prejuízo de US$ 706 milhões no ano anterior.