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Boeing divulga balanço do 1T23 melhor que esperado e planeja aumentar a produção do 737 Max

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A Boeing (NYSE:BA) disse na quarta-feira (26) que planeja aumentar a produção de aviões 737 Max para 38 por mês, de 31 no final deste ano, apesar de um problema de fabricação que afeta algumas aeronaves.

A Boeing também é negociada na B3 através do ticker (BOV:BOEI34).

Essa taxa de produção seria a mais alta em anos para a aeronave mais vendida e ocorre no momento em que a Boeing busca levar os aviões às companhias aéreas mais rapidamente, à medida que esses clientes capitalizam uma recuperação nas viagens aéreas. A empresa espera entregar entre 400 e 450 aviões 737 este ano.

“Este é um ano importante para nós”, disse o CEO da Boeing, Dave Calhoun, em um memorando na quarta-feira. “À medida que a demanda aumenta em nossos mercados, devemos nos concentrar juntos na execução e no cumprimento de nossos compromissos com os clientes.”

A Boeing também planeja aumentar a produção do 787 Dreamliner para cinco aviões por mês no final deste ano, de uma taxa atual de três.

A demanda por aeronaves e as entregas mais fortes impulsionaram a receita da Boeing no trimestre, com um aumento de 28% nas vendas ano a ano. A empresa reduziu seu prejuízo líquido para US$ 425 milhões, ou US$ 0,69 por ação, ante prejuízo líquido de US$ 1,24 bilhão no ano anterior, ou US$ 2,06 por ação.

A receita da unidade de aviões comerciais da Boeing aumentou 60% no primeiro trimestre, para US$ 6,7 bilhões, com o aumento das entregas de novas aeronaves, mas a empresa disse que foi parcialmente compensado pelos clientes do 787 Dreamliner por atrasos nas entregas. Ele disse que uma margem operacional negativa de 9,2% na unidade estava ligada a custos anormais e despesas com pesquisa e desenvolvimento.

As ações da Boeing subiram mais de 3% nas negociações de pré-mercado após a divulgação dos resultados.

Veja como a Boeing se saiu durante o período encerrado em 31 de março, em comparação com as estimativas de consenso da Refinitiv

  • Prejuízo ajustado por ação: US$ 1,27 contra US$ 1,07
  • Receita: US$ 17,92 bilhões contra US$ 17,57 bilhões

Ajustando para itens especiais, a Boeing perdeu US$ 440 milhões, ou US$ 1,27 por ação, em comparação com um prejuízo líquido de US$ 1,44 bilhão ou US$ 2,75 por ação no ano anterior. A empresa relatou uma cobrança antes dos impostos de $ 245 milhões no programa KC-46A Tanker da empresa, vinculado a problemas com fornecedores.

Na terça-feira, os principais fornecedores de aeronaves General Electric e Raytheon Technologies relataram maior receita em suas unidades de motor e um aumento nas visitas à oficina e negócios de peças de reposição.

Os executivos da Boeing disseram que só aumentariam a produção quando estivessem confiantes em sua cadeia de suprimentos, que enfrentou vários obstáculos após uma série de demissões e quedas de produção durante a pandemia.

No início deste mês, a empresa divulgou um problema com dois dos oito encaixes em uma seção da fuselagem em certos aviões 737 Max, seu best-seller. A Boeing havia alertado que o problema atrasaria as entregas de algumas aeronaves.

O ritmo das entregas é fundamental para suas metas de fluxo de caixa, já que os clientes pagam a maior parte dos aviões na entrega. A Boeing reiterou na quarta-feira que espera alcançar um fluxo de caixa livre ajustado para o ano entre US$ 3 bilhões e US$ 5 bilhões.

Os executivos da Boeing devem discutir os resultados em uma ligação às 11h30 (horário de Brasília) na quarta-feira.

Com informações de CNBC

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