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O Dow Jones caiu quase 200 pontos na terça-feira, enquanto traders avaliavam um aumento nos preços do petróleo e o que isso poderia significar para a economia global.
O Dow Jones caiu 198,77 pontos, ou 0,59%, para fechar em 33.402,38. O S&P 500 caiu 0,58%, encerrando a sessão em 4.100,60 pontos. Ambos os índices quebraram uma seqüência de altas de quatro dias. O Nasdaq Composite caiu 0,52%, fechando em 12.126,33 pontos.
As perdas do mercado acompanharam o último relatório JOLTS. Em fevereiro, o número de vagas disponíveis caiu para menos de 10 milhões pela primeira vez em quase dois anos, um sinal de que o antes aquecido mercado de trabalho que sustenta a economia está começando a desacelerar.
“Ainda há muitas vagas de emprego em relação aos desempregados”, disse Ed Yardeni, presidente da Yardeni Research. “O mercado é muito sensível a qualquer pequena mudança na direção que eles não querem ver.”
Certamente, os mercados têm se mostrado resilientes ultimamente, com os principais índices subindo mesmo diante de inflação persistente, crise bancária e taxas mais altas.
“Resiliente é uma boa palavra”, disse Julian Emanuel, diretor administrativo sênior da Evercore ISI. ″[O] resultado final é que o cenário econômico prospectivo continua a suavizar, mesmo com as condições atuais (2-3% do PIB no 1T) permanecendo fortes, em contraste com o posicionamento já defensivo, as ações permanecem em um impasse na faixa de 3800 -4200.”
Nesta semana, o mercado de energia tornou-se outra fonte potencial de incerteza, depois que a Opep+ anunciou que reduziria a produção em 1,16 milhão de barris de petróleo por dia. Na segunda-feira, os futuros do West Texas Intermediate tiveram seu maior ganho diário em quase um ano no noticiário.
“Dada a transição pela qual o mundo está passando ao abraçar a ‘energia limpa e verde’, a Opep+ entende muito bem que seu ainda altamente valorizado ‘ouro líquido’ começará em algum momento a perder seu brilho”, disse Quincy Krosby, estrategista-chefe global para a LPL Financial.
“Até então, enquanto os países que dominam a Opep+ se preparam para o futuro gastando trilhões de dólares na reconstrução de infraestrutura e se afastando do petróleo como sua principal fonte de renda, o gerenciamento do preço do petróleo será usado de forma mais direta e agressiva do que o previsto.” ela adicionou.
Com informações de CNBC
