O déficit comercial do Japão aumentou para JPY 754,7 bilhões em março de 2023, de JPY 464,9 bilhões no mesmo mês do ano anterior, em comparação com o consenso do mercado de uma diferença de JPY 1.294,8 bilhões.

Este foi o 20º mês consecutivo de déficit comercial, o período mais longo desde 2015.

As importações aumentaram 7,3% no comparativo anual, o 26º mês consecutivo de crescimento, mas o ritmo mais lento desde março de 2021, para 9.578,8 bilhões de ienes.

Enquanto isso, as exportações cresceram a uma taxa mais baixa de 4,3%, o 25º mês consecutivo de alta, mas a taxa mais suave desde a queda em fevereiro de 2021, para 7.654,7 bilhões de ienes.

Considerando os primeiros três meses do ano, o déficit comercial foi de JPY 5.151,2 bilhões, aumentando de JPY 3.375,9 bilhões no mesmo período de 2022.

No ano passado, o Japão registrou um déficit comercial de JPY 19.971,3 bilhões, o segundo déficit anual consecutivo e o maior desde 1979

Exportações 

As exportações do Japão aumentaram 4,3% no comparativo anual em março de 2023, acima das previsões do mercado de 2,6% e após um crescimento de 6,5% em janeiro, para 8.824,3 bilhões de ienes.

Este foi o 25º mês consecutivo de crescimento nas vendas, mas o ritmo mais lento desde a queda em fevereiro de 2021, em meio a crescentes pressões de custos.

As vendas de equipamentos de transporte cresceram 23,0%, com destaque para veículos automotores (38,3%), enquanto as de máquinas avançaram 1,1%, puxadas por semicondutores (7,4%). Também as exportações de outros subiram 2,5%, e as vendas de manufaturados, 1,1%.

Em contraste, as vendas de máquinas elétricas caíram 4,5%, pressionadas pelos aparelhos elétricos (-8,4%).

Além disso, as vendas de produtos químicos encolheram 3,2%, em meio a quedas de plásticos (-14,6%). As vendas subiram para os EUA (9,4%), Hong Kong (6,9%), Cingapura (2,7%), Austrália (18,2%), Alemanha (0,9%) e UE (5,1%). Em contraste, as exportações caíram para a China (-7,7%) e Taiwan.

Importações

As importações para o Japão aumentaram 7,3% no comparativo anual em março de 2023, ante estimativas de mercado de 11,4% e após alta de 8,3% no mês anterior, para 9.578,8 bilhões de ienes.

Foi o 26º mês consecutivo de crescimento nas compras, mas o ritmo mais lento desde março de 2021, em meio à demanda doméstica sustentada e à queda nos preços das commodities.

As importações de combustíveis minerais aumentaram 13,3%, impulsionadas por petróleo (8,6%) e GNL (4,5%), e as de máquinas elétricas subiram 8,6%, lideradas por semicondutores (2,1%). Também cresceram as compras de terceiros (23,8%), impulsionadas por vestuário e acessórios (22,0%); máquinas (17,2%), ligadas a máquinas geradoras de energia (57,6%); e material de transporte (17,7%).

Em contrapartida, caíram as importações de manufaturados (-6,6%), produtos químicos (-15,0%) e matérias-primas (-0,3%). As compras aumentaram da China (12,3%), Estados Unidos (9,6%), Hong Kong (274,6%), Taiwan (6,6%), Tailândia (9,3%).

source: tradingeconomics.com

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