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Aes Brasil (AESB3): lucro líquido de R$ 60,4 milhões no 1T23, queda de 14,9%

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A geradora de energia AES Brasil registrou lucro líquido de R$ 60,4 milhões no primeiro trimestre deste ano, o que corresponde a uma queda de 14,9% ante os R$ 70,9 milhões anotados no mesmo período de 2022. Pelo critério ajustado, que leva em consideração fatores como a manutenção bianual das eclusas e fechamento de preço de compra do Complexo Guaimbê no início do ano passado, e as reversões de contingências e baixa de ativos decorrente da venda da Inova no atual trimestre, o resultado somou R$ 67,7 milhões, mantendo a variação em uma baixa próxima de 15%.

O resultado foi impacto pelo aumento das despesas financeiras, em função do maior endividamento da companhia, que passa por um momento de fortes investimentos para colocar em operação novos projetos de geração. Entre janeiro e março, a AES Brasil registrou uma despesa financeira líquida de R$ 144,8 milhões, 52,4% maior que o realizado no primeiro trimestre de 2022.

“Isso ocorreu porque tivemos uma estratégia de caixa em que tomamos dívidas para que tivéssemos garantia de caixa para fazer os investimentos e não correr o risco de não ter recursos para concluir as obras de Tucano e Cajuína”, explicou o vice-presidente Financeiro e de Relações com Investidores da AES Brasil, Alessandro Gregori.

O executivo lembrou que o cenário no mercado financeiro de baixa liquidez e alto custo da dívida fez com que a companhia optasse pela captação de dívidas mais curtas, com duração de dois anos, esperando um melhor momento para retomar as emissões mais longas.

Salientou, no entanto, que a queda do lucro é conjuntural, uma vez que teve aumento do endividamento, enquanto os projetos ainda estão em fase de construção, portanto não geram receita. Mas salientou que os complexos já estão com grande parte de suas turbinas montadas, com perspectiva de comissionamento nos próximos meses, quando então passarão a gerar caixa.

Do ponto de vista operacional, a empresa registrou bom desempenho. O Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda, da sigla em inglês) somou R$ 398,3 milhões, alta de 32,5% ante igual etapa do ano passado. O indicador ajustado aumentou 30,6%, para R$ 409,3 milhões. A margem Ebitda ajustado saltou 5,8 pontos porcentuais, para 52,1%.

Nos três primeiros meses de 2023, a receita operacional líquida da AES Brasil somou R$ 786,3 milhões, alta de 16,2%, enquanto a Margem Liquida, correspondente à receita menos o custo com energia, somou R$ 559,8 milhões, alta de 29,7%, beneficiada pela redução de 7,7% com as compras de energia.

Conforme destacou Gregori, houve evolução positiva nas margens em todos os segmentos de atuação da companhia. Na fonte eólica, a margem cresceu 107,8 milhões, reflexo da alta de 136,5% na geração, para 964,9 GWh, em função do aumento da disponibilidade dos parques e dos ventos médios, em relação ao ano passado, além do maior número de ativos em operação, após aquisição da Cubico e do início de operação das primeiras turbinas do complexo Tucano.

No segmento hidrelétrico, a alta na margem foi de R$ 10,8 milhões, beneficiada pela redução das compras, associada a um crescimento de 29,2% na geração bruta de energia, para 3.456 gigawatts-hora (GWh), em função da melhor hidrologia. Na fonte solar, embora tenha havido redução da geração de 5,7%, para 144,9 GWh, por conta da pior irradiância nos parques da companhia, a margem líquida R$ 1,7 milhão cresceu em decorrência do reajuste dos preços do contrato.

Destaque, ainda, para contribuição do segmento de comercialização, após o início da atividade da comercializadora, no segundo semestre do ano passado, e que resultou em uma adição de R$ 8,5 milhões à margem líquida da comercializadora.

Os resultados da AES Brasil (BOV:AESB3) referentes às suas operações do primeiro trimestre de 2023 foram divulgados no dia 04/05/2023.

Teleconferência

A AES Brasil vai priorizar a contratação da energia gerada por suas usinas antes de perseguir oportunidades de crescimento via aquisições ou novos projetos, que se tornaram mais custosos diante do atual cenário de juros.

“Hoje o nosso principal foco de crescimento tem sido otimizar o portfólio atual. Se olharmos para o nosso volume de energia descontratado, ainda temos oportunidade… em algo como 300 MW de 2023 em diante”, disse nesta sexta-feira a CEO Clarissa Sadock, durante teleconferência para comentar os resultados do terceiro trimestre.

Ela ponderou, no entanto, que a companhia segue olhando as oportunidades de novos projetos de geração renovável “greenfield” e de aquisições.

A partir de 2024, a AES deve passar por uma “desalavancagem natural”, à medida que os projetos entram em operação e começam a gerar caixa, avaliou a executiva.

A AES Brasil tem buscado comercializar energia em prazos bastante longos, a partir de 2026, já que boa parte de seus ativos de geração de energia estão com contratação elevada para os próximo anos, disse nesta sexta-feira a CEO da elétrica, Clarissa Sadock.

Em teleconferência, ela comentou que o portfólio de geração da companhia está 100% contratado em 2023. As vendas de energia no primeiro trimestre elevaram em 7 pontos percentuais o nível de contratação dos ativos de 2024 a 2027, acrescentou.

Em relação a preços, a companhia tem conseguido manter os preços médios de seu portfólio acima de 190 reais por megawatt-hora (MWh) mesmo em um cenário de preço spot da energia, o PLD, no piso de 69 reais/MWh, disse a CEO.

Sadock também comentou que a AES Brasil vem avançando na comercialização de energia para o “varejo”, isto é, consumidores de energia de pequeno porte. A empresa acumula hoje pouco mais de 200 clientes nesse segmento, com vendas de cerca de 60 megawatts médios, posicionando-a como terceira maior comercializadora varejista do país, disse.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

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