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Bom dia ADVFN: Índice futuro abre em alta e juros caem após deflação no IGP-M; Dólar sobe

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A liquidez deve retornar aos mercados nesta terça-feira, com a volta de feriados nos Estados Unidos e no Reino Unido. Os ativos internacionais devem reagir ao acordo para elevar o teto da dívida pública dos Estados Unidos, anunciado durante o fim de semana. Os partidos Democrata e Republicano ainda buscam angariar votos para a proposta, que deve ser votada na noite de quarta-feira. A reação dos mercados globais deve se refletir também no Brasil – pela manhã, os futuros das bolsas americanas trabalham no campo positivo.

Após o feriado nacional Memorial Day nos Estados Unidos, as taxas de juros dos títulos americanos têm quedas generalizadas. A taxa para 10 anos cedia 6 pontos-base, a 3,713%. O mercado segue acompanhando a votação no Congresso do acordo selado para elevar o teto da dívida americana. O Ibovespa futuro avançava 0,49%, aos 111.435 pontos.

Os ativos locais, em especial os juros futuros tendem a reagir ao IGP-M de maio, que a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou nesta manhã. O indicador registrou queda de 1,84% em maio. Saiba mais…

O índice de preços ao produtor no Brasil apresentou deflação menor que o esperado pelos analistas em abril, entretanto, no acumulado dos últimos 12 meses registrou a maior queda da série histórica. No acumulado do ano, o resultado foi o segundo menor já registrado para um mês de abril desde no início da série histórica, em 2014. Saiba mais…

As taxas dos contratos de juros futuros abrem em queda acentuada, após sinais de alívio das pressões inflacionárias na sequência de comentários ontem do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Segundo ele, o cenário econômico brasileiro “está clareando” e a inflação “parece que vai engrenar uma melhora, ainda que lenta”.

Por volta de 9h35, os DIs com vencimento em Jan/24 cediam 2,5 pontos-base, a 13,19%. O DI Jan/25 recuava 7,0 pontos-base, a 11,43%, enquanto os DIs com vencimento em Jan/33 estavam em queda de 5 pontos-base, a 11,63%.

Aqui, os operadores vão acompanhar ainda debate que reunirá o secretário executivo do Ministério da Fazenda e indicado para a diretoria de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, e a Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet. O evento promovido pelos jornais O Globo e Valor Econômico ocorre a partir das 10h00.

O leilão do Tesouro também deve influenciar o mercado de juros, em especial durante o período da manhã. Outro indicador relevante do dia é o resultado primário do governo central, que pode ter efeito nos juros e no câmbio.

O dólar ganhava força frente ao real nos primeiros negócios desta terça-feira, descolando do movimento de baixa do Índice Dólar DXY, influenciado pelo ambiente favorável ao risco no exterior. A moeda americana subia 0,22%, a R$5,0299. Já o dólar futuro subia 0,26%, negociado a R$5,033.

O dólar inverteu o sinal da abertura e passou a subir, há pouco renovando a máxima a R$ 5,0335 (+0,42%), em sessão volátil pela disputa da Ptax em fim mês.

O recuo do petróleo Brent no mercado internacional pode prejudicar a bolsa brasileira. Ainda entre as commodities, o minério de ferro fechou perto da estabilidade em Dalian – ontem, nem uma alta de quase 5% conseguiu impulsionar as ações dos setores de mineração e siderurgia.

Investidor estrangeiro retira -R$ 63,43 milhões da B3 no pregão do último dia 26 de maio,. No acumulado do mês, a entrada está negativa em -R$ 2,21 bilhões e, no ano, o saldo positivo acumula recursos de R$ 8,95 bilhões. Nos últimos 10 pregões, o saldo negativo de -R$ 1,34 bilhão sendo que 4 deles tiveram resultados positivos. Saiba mais…

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Empresas para ficar de olho

Eletrobras – A maior elétrica da América Latina sinalizou ao governo que pode aceitar um acordo para encerrar disputa judicial sobre sua privatização no Supremo Tribunal Federal (STF), oferecendo à União a nomeação de dois conselheiros na empresa em troca do fim do litígio, segundo interlocutores. As vagas poderiam ser ocupadas por Marisete Pereira, ex-secretária executiva do Ministério de Minas e Energia, e Marcelo Siqueira, procurador da AGU.

Copel – A estatal paranaense de energia engajou bancos para a oferta de ações que levará à privatização da companhia, transformando-a em uma corporação sem controle definido, embora a operação ainda dependa de aprovações governamentais. BTG Pactual, Itaú BBA, Bradesco BBI, Morgan Stanley e UBS devem coordenar a oferta.

Itaú Unibanco – O maior banco privado do Brasil recebeu a última autorização regulatória pendente para elevar a fatia no Itaú Chile, ex-Itaú Corpbanca, e seguirá com oferta pública voluntária para aquisição de até a totalidade das ações da instituição, a 8.500 pesos chilenos por papel. A oferta está prevista para começar em 6 de junho.

Frigoríficos – Bancos brasileiros só poderão conceder crédito para frigoríficos e matadouros que comprovarem que não compram gado de áreas de desmatamento ilegal da Amazônia e do Maranhão. A decisão vale para fornecedores diretos e indiretos e faz parte do protocolo de autorregulação para a cadeia de carne bovina aprovado pela Federação Brasileira de Bancos para combater o desmatamento na região, que será lançado hoje

Enauta – A família Queiroz, dona da petroleira, está deixando o comando da companhia em um acordo com credores e deve convocar assembleia de acionistas para eleger um novo conselho nos próximos dias, disseram fontes. Os credores acreditam que a troca do controle vai contribuir para melhorar a governança da companhia e não pretendem alterar a gestão executiva.

Momento B3: Copel, Itaú Unibanco, Marcopolo e os principais destaques corporativos desta terça-feira (30)

Estados Unidos

Os futuros de NY sobem com esperanças de que o Congresso aprove um acordo de dívida para evitar um calote, enquanto a Casa Branca intensifica o lobby. O acordo tem apenas uma semana para ser aprovado antes de um possível calote em 5/6- o chamado Dia X.  O próprio Biden está ligando para parlamentares antes da votação na Câmara, que provavelmente será amanhã. Mas os investidores ainda têm que lidar com outros riscos, incluindo um provável aumento dos juros pelo Fed e uma desaceleração na China.

Ainda nesta semana sai o payroll, com expectativas de 200 mil vagas em maio. Ações da Nvidia (+3,78%) lideram um rali entre fabricantes de chips e empresas relacionadas à IA depois de a empresa anunciar que está montando o supercomputador de inteligência artificial mais poderoso de Israel para atender à crescente demanda por aplicativos com a tecnologia. Players de peso na IA também avançam, como Microsoft e Alphabet (mais de 1% cada). A Nvidia surpreendeu os investidores com uma previsão de receita na semana passada que superou as expectativas.

As ações subiram cerca de 25% e puxaram um rali. Há pouco os futuros de Dow Jones estavam estáveis (-0,00%), os do S&P subiam +0,59% e os de Nasdaq +1,37%.

Europa

Os principais índices do mercado de ações europeu operam em campo misto nesta manhã, com os investidores aguardando a importante votação do acordo sobre o teto da dívida dos Estados Unidos nesta semana.

Os olhos dos traders ao redor do mundo estão voltados para o Congresso dos Estados Unidos, onde a votação do acordo entre a Casa Branca e a oposição republicana está prevista para esta quarta-feira (31). Apesar da expectativa, legisladores republicanos têm ameaçado rejeitar o acordo, o que pode levar os Estados Unidos a entrar em default de sua dívida já nos próximos dias.

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, anunciou uma eleição geral antecipada para 23 de julho, após seu partido socialista sofrer grandes perdas nas eleições regionais. Enquanto isso, a lira turca continua a se desvalorizar, atingindo uma nova mínima histórica nesta terça-feira, após a reeleição do atual presidente Recep Tayyip Erdogan.

Esta semana serão divulgados os dados da inflação na zona do euro, porém, espera-se que não tenham um impacto significativo nas perspectivas das taxas de juros do Banco Central Europeu (BCE). No entanto, as expectativas do mercado em relação a um aumento da taxa do Federal Reserve (Fed, o banco central norteamericano) em junho continuam a crescer, com uma probabilidade de 60% de uma nova alta de 0,25 ponto percentual (pp) na próxima reunião.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices europeus por volta das 09h26 (horário de Brasília):

FTSE-100 (Londres): -0,47%, 7.590,78 pontos DAX-30 (Frankfurt): +0,48%, 16.028,76 pontos CAC-40 (Paris): -0,38%, 7.275,70 pontos FTSE MIB (Milão): +0,59%, 26.772,8 pontos IBEX-35 (Madri): +0,62%, 9.236,80 pontos GM29 (Zurique): -0,56%, 11.370,20 pontos PSI-20 (Lisboa): -0,60%, 5.835,34 pontos

Outros Mercados

Petróleo

O petróleo cede em torno de 1,5% (Brent/julho a US$ 75,92, em -1,49%; WTI/julho a US$ 71,83, em -1,16%) com preocupações sobre a dívida dos EUA esfriando o sentimento de risco e mensagens mistas dos grandes produtores  obscurecendo as perspectivas de oferta.  Segundo noticiam agências internacionais, legisladores republicanos de extrema direita disseram ontem que poderiam se opor ao acordo forjado por Biden e McCarthy que deve passar por um Congresso dividido antes de 5/6, dia em que o Tesouro diz que o país não será capaz de cumprir suas obrigações financeiras.

O  potencial calote teria repercussões econômicas catastróficas globais, com impacto adverso na demanda por petróleo. O prazo da dívida quase coincide com a reunião de 4 de junho da Opep+ em meio à incerteza sobre se o cartel aumentará os cortes de produção.  O ministro da Energia da Arábia Saudita, Abdulaziz bin Salman, alertou aos que apostam que os preços cairão para “tomarem cuidado”, mas o vice-primeiro-ministro Alexander Novak indicou que a Rússia está inclinada a deixar a produção inalterada

Com informações do Valor, Estadão, Reuters, BDM, CMA, Trading Economics e do TC

 

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