A Cemig reportou lucro líquido de R$ 1,398 bilhão no primeiro trimestre de 2023, queda de 3,94% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O ebtida – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – ajustado pela exclusão de itens não recorrentes, aumentou 8,15% em base anual de comparação, para R$ 2,072 bilhões, enquanto a margem Ebitda passou de 24,42% para 23,97%, redução de 0,45 ponto porcentual (p.p.).
Já a receita líquida da Cemig no primeiro trimestre do ano avançou 10,19% para R$ 8,646 bilhões. No período, o custo dos bens e ou serviços vendidos ficou em R$ 6,562 bilhões, crescimento de 10,27% em base anual de comparação.
Operacional
A receita com fornecimento bruto de energia somou R$ 7,095 bilhões no trimestre, queda de 14,56% em relação ao mesmo período do ano anterior. No período, o fornecimento bruto de energia totalizou 14.974.111 megawatts-hora (MWh), alta de 4,2% em relação ao mesmo período do ano passado.
O consumo de energia pela classe residencial na área de concessão da Cemig foi de 2.984.825 MWh. Na classe industrial, foi de 4.307.674 MWh, enquanto a demanda vinda do segmento Comércio e Serviço totalizou 2.343.460 Mwh.
No trimestre, o consumo rural foi de 526.308 MWh, o Poder Público demandou 223.654 MWh, Iluminação Pública consumiu 269.516 MWh, e Serviços Públicos 272.353 MWh. Outras concessionárias demandaram 4.038.776 MWh.
Os resultados da Cemig (BOV:CMIG3) (BOV:CMIG4) referentes suas operações do primeiro trimestre de 2023 foram divulgados no dia 05/05/2023.
Teleconferência
A Cemig registrou ganhos não recorrentes no primeiro trimestre que devem continuar exercendo efeito positivo no balanço da companhia nos próximos trimestres, disse em teleconferência para analistas de mercado o diretor de finanças e relações com investidores da empresa, Leonardo Magalhães.
“Em função das alienações deixamos de fazer R$ 1,9 bilhão em aportes. E houve entrada de caixa de R$ 2,1 bilhões das alienações feitas desde 2019, além de R$ 1,1 bilhão de créditos fiscais. São praticamente R$ 5 bilhões de economia de caixa”, afirmou Magalhães.
“A gente entende que haverá efeito positivo nos resultados da companhia nos próximos trimestres. O resultado do primeiro trimestre já mostra uma redução inicial dos passivos, em função das iniciativas que a empresa vem implementando”, disse Magalhães.
O diretor também afirmou que a Cemig aumentou o foco em clientes de varejo como forma de mitigar o cenário de preços baixos de energia.
Magalhães disse que a companhia vai continuar investindo na área. “Queremos ser relevantes no mercado varejista de energia”, acrescentou o executivo.
VISÃO DO MERCADO
Inter
A Cemig divulgou um resultado positivo, principalmente nos seus segmentos de geração e distribuição, com crescimento de 7% a/a no volume de energia vendida e aumento de 3,1% a/a na energia distribuída. O grupo registrou um EBITDA ajustado de R$ 2 bi (+ 8% a/a). Destaques do trimestre foram a continuação das alienações e desinvestimentos com o objetivo de focar em ativos que geram maior valor para os acionistas. Entendemos que a companhia deve continuar a entregar bons resultados ao longo de 2023, lembrando ainda que a revisão tarifária periódica será no dia 28 de maio e deverá incorporar o maior volume de investimentos realizados na distribuidora nos últimos anos. Todavia, mantemos nossa recomendação em Neutra para CMIG4, com preço alvo de R$ 14/ ação para 2023.