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CVC Brasil confirma renúncia de Leonel Andrade, ações caem

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A CVC informou que seu diretor-presidente, Leonel Dias de Andrade Neto, renunciou ao cargo.

O comunicado foi feito pela companhia (BOV:CVCB3) nesta quarta-feira (24).

A renúncia também é ao cargo de diretor financeiro e de relações com investidores da companhia.

Leonel informou que se “dedicará a assuntos pessoais”.

No fato relevante, a CVC destaca que o conselho de administração já iniciou o processo de sucessão do diretor presidente, do diretor financeiro e do diretor de relações com investidores e está encarregado, com a assessoria do comitê de pessoas e sustentabilidade, de escolher e eleger novos diretores no menor prazo possível.

Até lá, de forma a assegurar a continuidade das operações, o conselho criou um comitê de transição, que será liderado pelo conselheiro Sandoval Martins, cujas atividades se iniciam a partir de amanhã.

Ainda, durante esse período, Eliane Silveira Lapa acumulará o cargo de diretora de governança corporativa e compliance com o de diretora de relações com investidores.

VISÃO DO MERCADO

JP Morgan 

O JPMorgan aponta que Andrade foi a mente por trás da estratégia de busca de recuperação da empresa, que foi prejudicada pelos desafios de execução em meio ao Covid-19, cenário macroeconômico mais fraco e balanço patrimonial altamente alavancado.

O anúncio um mês após a saída do CF deixa a empresa sem os principais diretores-chave logo após o reperfilamento de sua dívida e com compromissos em torno de outro aumento de capital até o final do ano para reduzir a alavancagem.

“Além disso, além das questões de balanço, a empresa continua enfrentando desafios operacionais significativos devido à pressão que segue sobre a renda disponível e à baixa demanda por viagens entre seus consumidores-alvo, com os resultados do 1T23 sendo um bom indicador disso”, aponta o JP.

No primeiro trimestre de 2023, a companhia registrou um lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) de R$ 15,8 milhões (-52,5% na base anual), impactado negativamente pelo aumento das despesas e levando a uma piora da alavancagem operacional.

“Levando tudo em conta, evitamos CVC”, aponta o JPMorgan, que tem recomendação underweight (exposição abaixo da média do mercado, equivalente à venda) para o ativo.

Informações Financenews

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