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Intelbras (INTB3): lucro líquido de R$ 132,1 milhões no 1T23, ações disparam

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A Intelbras, empresa desenvolvedora de tecnologia, reportou lucro líquido de R$ 132,1 milhões no primeiro trimestre de 2023 (1T23), um crescimento de 34% em relação ao mesmo período do ano passado.

A receita líquida somou R$ 1,0367 bilhão no primeiro trimestre deste ano, crescimento de 19,7% na comparação com igual etapa de 2022.

Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – totalizou R$ 143,9 milhões no 1T23, uma elevação de 37,1% em relação ao 1T22. A margem Ebitda atingiu 13,9% entre janeiro e março deste ano, alta de 1,8 ponto percentual (p.p.) frente a margem registrada em 1T22.

De acordo com a Intelbras, o aumento do Ebitda foi em função do incremento da receita e da margem Ebitda.

O lucro bruto atingiu a cifra de R$ 327,5 milhões no primeiro trimestre de 2023, um aumento de 29,1% na comparação com igual etapa de 2022. A margem bruta foi de 31,6% no 1T23, alta de 2,3 p.p. frente a margem do 1T22.

O retorno sobre capital investido foi de 25,8% no primeiro trimestre de 2023, alta de 5,2 p.p. na base anual.

“De forma geral, nossos planos estão sendo cumpridos de acordo com o previsto. Cinco das nossas seis unidades de negócio contribuíram conforme o planejado para o primeiro trimestre. Segurança continua sendo nosso segmento de atuação mais relevante, e contribuiu com 51% da receita operacional líquida. Energia, com a inclusão das receitas da Renovigi, mesmo com um trimestre organicamente mais desafiador, contribuiu com 27% das receitas e Comunicação se manteve estável, com uma queda de 1 ponto percentual, em nossa receita por segmento de atuação”, apontou a companhia.

As despesas operacionais somaram R$ 201,6 milhões no 1T23, um crescimento de 23,4% em relação ao mesmo período de 2022.

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 5,4 milhões no primeiro trimestre de 2023.

Em 31 de março de 2023, o caixa líquido da companhia era de R$ 1,366 bilhão ante R$ 662,9 milhões da mesma etapa de 2022.

Os resultados da Intelbras (BOV:INTB3) referentes às suas operações do primeiro trimestre de 2023 foram divulgados no dia 02/05/2023.

Teleconferência

Os impactos regulatórios da Lei 14.300 devem acelerar a consolidação do mercado brasileiro de energia solar. Essa é a avaliação da Intelbras, empresa de tecnologia que atua na fabricação e distribuição de equipamentos fotovoltaicos. Após um final de 2022 marcado por um forte movimento de antecipação às mudanças regras de compensação de energia, o setor vivenciou um início de ano de desaceleração.

“Nós esperávamos uma redução de ritmo no mercado de energia solar no primeiro trimestre, mas foi bem maior que o imaginado. Todo o movimento do final do ano passado fez com que muitos antecipassem as vendas e, passada a euforia, a loja ficou vazia nesse ano”, declarou o CEO da Intelbras, Altair Silvestri, nesta quarta-feira (03/05), durante teleconferência de resultados do primeiro trimestre.

A companhia apresentou uma receita menor que o previsto na unidade de negócios de energia. O desempenho foi relativo tanto a operação orgânica da Intelbras quanto da Renovigi, empresa controlada de energia solar, adquirida em fevereiro de 2022.

Conforme o balanço, com a adição da receita reportada devido a aquisição, o segmento de energia obteve um crescimento de 34,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Desconsiderando o crescimento inorgânico, a área teria apresentado uma queda de receita anual de 8,2%.

Silvestri aponta que todo o mercado está se adaptando ao novo momento, que será favorável para empresas mais bem estruturadas e profissionais. “O mercado não sustenta todos os players e haverá uma consolidação. Todos os dias vemos fornecedores desistindo, o setor ficou mais difícil e competitivo. Haverá uma seleção mais rápida. O que eu esperava que fosse demorar três anos, vai ocorrer em seis meses.”

A Intelbras indica que os resultados do mês de março foram melhores que os de fevereiro e as expectativas para o segundo trimestre são positivas, mais ainda inferiores ao quarto trimestre de 2022. “As coisas estão melhorando, mas nossa preocupação não é com o próximo mês, é com os próximos anos. Buscamos ganhar participação e estamos confiantes na recuperação desse mercado”, assinalou o executivo.

Nova realidade

O diretor superintendente de energia na Intelbras, Marcio Ferreira, aponta que o atual momento da energia solar oferece uma oportunidade de ganho de market share, por meio da entrega de produtos de qualidade e serviço diferenciado. “O mercado vai passar por uma limpa. Muitos importadores estão passando por dificuldades e não conseguem fazer caixa e nem prestar um bom pós-venda.”

Sancionada no início de 2022, a Lei 14.300 estabeleceu o Marco Legal da Geração Distribuída, modalidade que permite que consumidores produzam a própria eletricidade por meio de sistemas fotovoltaicos e compensem créditos de energia junto às distribuidoras, obtendo economia na conta de luz.

Conforme essa legislação, equipamentos conectados após 7 de janeiro passam a compensar um percentual inferior dos créditos. Esse cenário promoveu a percepção de que a energia solar deixaria de ser vantajosa e que a geração fotovoltaica seria taxada, causando uma corrida por instalações no final do ano passado. O cenário refletiu em uma queda nas vendas no primeiro trimestre de 2023.

“O argumento da taxação causou maior impacto em residências e pequenos comércios, onde a maior parte do nosso negócio está direcionado. Esse consumidor precisará entender que a economia com a conta de luz ainda é muita alta, chegando a 90%, e o payback da energia solar ainda é excelente. No pior dos casos, foi impactado em seis meses”, disse Ferreira.

Resultado financeiro

A Intelbras reportou lucro líquido de R$ 132, 1 milhões no primeiro trimestre, crescimento de 34% sobre o igual período de 2022. O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitida, na sigla em inglês) foi de R$ 143,9 milhões, avanço de 37,1% na mesma base de comparação.

No primeiro trimestre de 2023, a empresa também entrou para o mercado de eletromobilidade urbana, com o lançamento do portfólio de carregadores para veículos elétricos, com intenção de aproveitar as oportunidades de negócios e expansão do setor.

VISÃO DO MERCADO

As ações da Intelbras operavam em forte alta no pregão de hoje na B3, após a empresa de sistemas de telecomunicações e energia ter divulgado ontem resultados do primeiro trimestre que foram elogiados por analistas, principalmente devido às boas margens, embora números da divisão solar tenham frustrado.

Por volta de 15h45, as ações ON da Intelbras subiam 9,4%, a R$ 24,43, após tocarem máxima de R$ 24,76 na sessão. O Ibovespa recuava 0,15%.

Santander

“Embora a companhia tenha confirmado nossas expectativas de tendências mais fracas de receita, a lucratividade em todas suas três áreas de negócio surpreendeu positivamente, levando o EBITDA consolidado e o lucro líquido a superarem nossos números em 8% e 15%, respectivamente”, escreveu o time de analistas do Santander Investment, formado por Felipe Cheng e Cesar Davanco.

A margem líquida da Intelbras ficou em 12,7% no primeiro trimestre, contra 11,1% projetados pela equipe do Itaú BBA, enquanto a margem EBITDA fechou em 13,9%, frente a 12,7% estimados pelo banco de investimento.

“Lucratividade foi o destaque do trimestre. Ganhos de eficiência em todas divisões levaram a margem bruta consolidada a 31,6%, 304 pontos-base acima de nossa projeção e 260 pbs acima do consenso de mercado”, escreveu o time liderado por Thiago Alves Kapulskis.

Itaú BBA

A divisão de energia solar da Intelbras, que impulsionou a expansão da companhia nos últimos trimestres, também mostrou aceleração nas margens, embora os resultados dessa unidade tenham ficado 16% abaixo das projeções do Itaú BBA, já conservadoras. Os analistas do banco disseram esperar avanços no desempenho dos negócios solares a partir do segundo semestre, o que pode melhorar as perspectivas para a companhia. “Vamos ver se isso acontece nos próximos meses”.

O Itaú BBA tem recomendação “compra” para as ações ordinárias da Intelbras, com preço-alvo de R$37. O Santander tem alvo de R$34 para os papéis, também com sugestão de “compra”.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Reuters

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