Bolsas europeias fecham em queda, com nervosismo sobre as negociações do teto da dívida dos EUA

Os principais mercados europeus encerraram o pregão desta segunda-feira majoritariamente em queda, com os investidores aguardando atualizações a respeito
das negociações sobre o teto da dívida dos Estados Unidos, enquanto observam os resultados das eleições parlamentares gregas.

Durante o fim de semana, as discussões em torno do limite da dívida norte-americana enfrentaram um novo impasse, devido a exigências consideradas “extremas” pela oposição republicana, segundo a Casa Branca.

Os traders estão agora aguardando uma reunião marcada para esta segunda-feira entre o presidente Joe Biden e o líder da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, para tratar do assunto.

No entanto, a proximidade do prazo iminente tem gerado preocupações nos mercados, com o receio crescente de que um calote do governo, já a partir de 1° de junho, possa levar os mercados globais à turbulência e a economia dos Estados Unidos à recessão.

Enquanto isso, as ações da Grécia dispararam para o maior nível em oito anos, após a vitória do partido conservador governista, Nova Democracia, nas eleições de domingo (21). Agora, as negociações serão iniciadas para formar um governo, uma vez que o partido não conquistou a maioria parlamentar e o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, rejeitou a opção de buscar uma coalizão governamental.

Na agenda de indicadores, o índice de confiança do consumidor da zona do euro subiu, de -17,5 em abril a -17,4 na preliminar de maio, mas a Comissão Europeia lembrou que ele segue “bem abaixo de sua média histórica”. Para o Berenberg, a zona do euro deve ter crescimento “modesto” em 2023, mas com maior fôlego em 2024, apoiado também por melhora do quadro nos EUA.

Já entre dirigentes do BCE, François Villeroy de Galhau considerou prudente o fato de que o banco central desacelerou o ritmo de suas altas de juros, de 50 a 25 pontos-base. Já o economista-chefe do BCE, Philip Lane, considerou que os bancos da região estão bem capitalizados, mas lembrou que há instrumentos para apoiar a liquidez, caso preciso, e também apontou que vê como “suave” a transmissão da política monetária, com o mercado exibindo confiança no BCE.

Confira o desempenho dos principais índices: