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Marcopolo (POMO3): lucro líquido de R$ 236,3 milhões no 1T23, alta de 141,1%

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A Marcopolo reportou lucro líquido de R$ 236,3 milhões no primeiro trimestre de 2023 (1T23), montante 141,1% superior ao reportado no mesmo intervalo de 2022, informou a companhia nesta terça-feira (2).

A receita líquida somou R$ 1,654 bilhão no primeiro trimestre deste ano, crescimento de 72,5% na comparação com igual etapa de 2022.

Segundo a empresa, o aumento da receita na comparação com o 1T22 reflete o incremento de volumes vendidos no mercado brasileiro e nas operações internacionais, melhor mix de vendas com maior participação de carrocerias pesadas e entregas direcionadas ao Caminho da Escola.

Ebitda – juros, impostos, depreciação e amortização – totalizou R$ 292,8 milhões no 1T23, um crescimento de 470,8% em relação ao 1T22.

A Marcopolo explica que o “Ebitda foi afetado positivamente pelo melhor ambiente de mercado com evolução de volumes e do mix de vendas, melhores margens a partir do repasse de custos, pela maior diluição de despesas e pela recuperação de resultados das operações localizadas no exterior”.

A margem Ebitda ajustada atingiu 17,7% entre janeiro e março deste ano, alta de 12,3 pontos percentuais (p.p.) frente a margem registrada em 1T22.

A produção consolidada da Marcopolo foi de 3.465 unidades no 1T23. No Brasil, a produção atingiu 2.975 unidades, 9,6% superior à do 1T22, enquanto no exterior a produção foi de 490 unidades, 32,8% superior às unidades produzidas no mesmo período do ano anterior.

O retorno sobre capital investido (ROIC) atingiu 9,4%, alta de 5 pontos percentuais na comparação ano a ano.

O resultado financeiro líquido foi positivo em R$ 40,4 milhões no primeiro trimestre de 2023, ante um resultado positivo de R$ 90,5 milhões registrados no 1T22.

O lucro bruto atingiu a cifra de R$ 390,9 milhões no primeiro trimestre de 2023, um aumento de 248,1% na comparação com igual etapa de 2022. A margem bruta foi de 23,6% no 1T23, alta de 11,9 p.p. frente a margem do 1T22.

As despesas gerais e administrativas totalizaram R$ 63,2 milhões no 1T23, ou 3,8% da receita líquida, enquanto no 1T22 essas despesas somaram R$ 49,7 milhões, 5,2% da receita líquida.

A Marcopolo investiu R$ 37,1 milhões no primeiro trimestre de 2023, alta de 163,4% na comparação ano a ano.

Em 31 de março de 2023, a dívida líquida da companhia era de R$ 888,5 milhões, ante R$ 1,127 bilhão de dezembro de 2022.

O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 0,6 vez em março de 2023.

Os resultados da Marcopolo (BOV:POMO3) e (BOV:POMO4) referentes às suas operações do primeiro trimestre de 2023 foram divulgados no dia 02/05/2023.

Teleconferência

O diretor financeiro (CFO) da Marcopolo (POMO4), José Antonio Valiati, afirmou que a empresa não enfrentava havia muitos anos um processo inflacionário igual ao observado nos últimos dois – o que vem levando clientes a resistirem a aceitar repasses de custos.

Dessa forma, segundo o executivo, apesar da demanda forte, vem sendo difícil para a empresa recuperar margens por conta do impacto da inflação. Mesmo assim, afirmou que a rentabilidade caminha para um patamar mais próximo do histórico, anterior à pandemia.

As declarações foram dadas durante teleconferência com analistas para comentar os resultados do primeiro trimestre da empresa, quando a Marcopolo reverteu prejuízo e reportou lucro de R$ 98 milhões. O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado cresceu 118%, a R$ 51,3 milhões.

Após a divulgação do balanço, as ações da empresa valorizaram-se 2,24%, cotadas a R$ 2,74, enquanto o Ibovespa fechou em leve queda de 0,10%.

  • Concorrentes repassam custos

O CEO da empresa, James Bellini, afirmou que vê a concorrência repassando custos mais lentamente do que a Marcopolo, mas que não vê sentido em manter market share às custas de rentabilidade, acrescentando que a fabricante busca um equilíbrio entre os dois fatores.

Com isso, segundo ele, a Marcopolo vem abrindo mão de negócios menos rentáveis de forma a não prejudicar as margens.

No balanço, a empresa afirmou que o desempenho foi afetado positivamente pelo “melhor mix de vendas, melhores margens a partir da recomposição de preços, maior diluição de despesas e pelo resultado da equivalência patrimonial”.

  • Falta de componentes prejudica produção

Segundo o balanço da Marcopolo, a produção total atingiu 3.084 unidades nos três primeiros meses de 2022, cifra 2,3% superior a do primeiro trimestre do ano passado. A analistas, os executivos da companhia ressaltaram que, no primeiro trimestre, a produção sofreu com variante Ômicron do coronavírus e falta de chassis.

Se não fosse a falta de componentes, a tendência seria uma adição maior do que de 15% na produção já a partir de abril. A diretoria disse que a expectativa é de que as entregas se acelerem a partir de junho, e ressaltou que as entregas foram postergadas, não canceladas, de forma que devem se acumular para mais tarde neste ano.

Bellini afirmou que dentre as 3.850 unidades previstas na licitação do programa Caminho da Escola, realizada em abril, 1.200 são carrocerias de ônibus urbanos. Ele afirmou ainda que a expectativa é de que a licitação seja homologada em qualquer momento, e que depois disso as entregas deverão ocorrer dentro de um ano.

VISÃO DO MERCADO

Bradesco BBI

Em uma avaliação divulgada após a teleconferência, o Bradesco BBI afirmou que a Marcopolo “parece ter atingido um ponto de inflexão e deve apresentar recuperação de volume e lucratividade nos próximos trimestres, aproveitando a recuperação das viagens de ônibus no Brasil, aliviando a escassez de chassis de ônibus no 1S22 e os volumes retornando para o ‘Programa Caminho da Escola”.

O programa foi barrado por suspeitas de superfaturamento e direcionamento, mas a Marcopolo espera que o leilão seja homologado pelo TCU nas próximas semanas: “com isso, a Marcopolo teria capacidade suficiente para entregar 3.850 ônibus até março de 2023”.

O Bradesco BBI ressaltou que a Marcopolo alcançou market share de 35% para ônibus rodoviários pesados ​​no mercado doméstico, que apresenta maiores margens de lucro. Na visão do banco, essa tendência deve continuar nos próximos trimestres com a retomada do turismo no Brasil, combinada com o aumento das passagens aéreas e a melhora gradual da escassez de chassis de ônibus.

Além disso, o banco ressaltou o novo leilão do Caminho da Escola, avaliando que este em breve deve ser ratificado pelo Tribunal de Contas do Brasil (TCU). Segundo o Bradesco, um resultado positivo deve desencadear uma revisão do consenso de receita de 2022 de aproximadamente R$ 1 bilhão.

Bradesco BBI mantém recomendação outperform com preço-alvo de R$ 4,00 e upside de 49%.

XP Investimentos

Em avaliação divulgada antes da teleconferência, a XP observou que as margens da Marcopolo foram positivamente afetadas por maiores preços unitários e melhor mix de vendas, porém, prejudicadas pela recente valorização do real.

Os analistas destacam que a produção de 3,1 mil unidades foi atingida por gargalos relacionados à cadeia de suprimentos, com indicativos dados pela companhia de uma aceleração no ramp-up de produção a partir de março de 2022, como uma leitura positiva para a demanda adjacente do setor. A XP reitera recomendação neutra para a Marcopolo.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Reuters

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