Os preços dos contratos futuros do minério de ferro na bolsa de Dalian, na China, fecharam em alta. O preço do contrato mais negociado, com entrega para setembro de 2023, subiu 2,41%, para 722 luanes (US$ 104,43) por tonelada, enquanto o do contrato para janeiro de 2024, que teve o segundo maior giro, avançou 2,03%, para 677 iuanes (US$ 97,92) por tonelada.
O minério negociado na bolsa de Dalian contém 62% de teor de ferro e é considerado fino – ou seja, pelo menos 90% do carregamento é composto por com dez milímetros ou menos.
A taxa de câmbio usada para a conversão dos preços dos contratos de minério de ferro é a divulgada pelo Banco Central (BC) brasileiro para ontem, de 6,9132 iuanes por dólar.
Singapura em queda
O minério de ferro voltou a operar no vermelho, diante de dados que mostraram uma queda das importações chinesas da matéria-prima e colocam em dúvida o vigor da recuperação econômica do país.
Os contratos futuros da commodity afundaram até 3,8% em Singapura nesta terça-feira (9), para US$ 101,50 a tonelada, depois de um salto de quase 7% na sessão anterior.
A China importou 90,44 milhões de toneladas de minério de ferro em abril, segundo dados do governo, o menor volume desde junho de 2022, ante mais de 100 milhões de toneladas em março.
Na segunda-feira (8), a recuperação nos preços foi impulsionada pela expectativa de que os preços do aço podem subir com a escassez de carvão metalúrgico. O rali, contudo, teve vida curta.
O salto dos preços veio na esteira de semanas de tendência de baixa, em meio à queda na demanda por matérias-primas industriais, por conta da recuperação econômica incerta da China.
O minério de ferro cai mais de 20% desde meados de março.
A mineradora China Shenhua Energy disse na segunda-feira que planeja cortar sua produção de carvão metalúrgico em 2023 devido aos preços baixos.