A Petrobras vai agir “dentro da responsabilidade financeira” nas negociações com a Unigel sobre o preço do gás natural fornecido às fábricas de fertilizantes da Bahia e Sergipe, disse nesta quarta (17/5) o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da estatal, Maurício Tolmasquim.
As fafens pertencem à Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4), mas foram arrendadas para a Unigel no governo de Jair Bolsonaro (PL). Na gestão passada, a petroleira tinha planos de sair do segmento.
A Petrobras é uma — mas não a única — fornecedora da Unigel, no mercado livre de gás.
A empresa do setor químico alega que as operações da planta de Sergipe passaram a ficar inviáveis depois da queda do preço da ureia no mercado internacional.
Os preços do gás natural também caíram este ano, mas não na mesma intensidade.
- Unigel aguarda definição para voltar a operar
Tolmasquim disse que, estratégica para o país, a produção nacional de fertilizantes é “uma prioridade para o governo” e que as negociações entre Petrobras e Unigel seguem.
“Temos uma equipe de comercialização sentada com a equipe da Unigel tentando ver se encontra um ponto que atenda a eles”, comentou.
A Unigel reduziu o ritmo das atividades de manutenção da unidade de Sergipe enquanto aguarda as negociações sobre os preços de suprimento de gás com a Petrobras.
Na semana passada, o diretor executivo de Compras da Unigel, Luiz Antônio Nitschke, disse que era “prematuro” falar em hibernação das unidades em Sergipe e na Bahia —
“A planta de Sergipe está parada por manutenção, estamos fazendo isso de forma lenta, até para economizar, mas a hora que tiver o gás competitivo, voltamos”, disse hoje a jornalistas no Seminário de Gás do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP) no Rio.