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Reino Unido: Desemprego sobe em março e reduz pressão para BoE subir juros em junho

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A taxa de desemprego do Reino Unido nos três meses terminados em março subiu 3,9%, alta de 0,1% em relação ao período de três meses anterior, segundo dados divulgados pelo escritório federal de estatísticas do país, o National Statistics.

No trimestre anterior, o desemprego foi de 3,8%. O desemprego britânico tem aumentado gradualmente desde a mínima de agosto de 2022, quando atingiu 3,5%, menor nível desde 1974.

O número de pessoas desempregadas somou cerca de 1,329 milhão de pessoas nos três meses até março de 2023. já a taxa de emprego do Reino Unido foi estimada em 75,9%, o que é 0,2 ponto percentual acima do trimestre anterior e 0,7ponto percentual abaixo do período anterior à pandemia (dezembro de 2019 a fevereiro de 2020).

De janeiro a março, os ganhos salariais nominais incluindo o pagamento de bônus cresceram 5,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Excluindo os bônus, o aumento foi de 6,7% na mesma base de comparação.

As vagas em aberto diminuíram 55.000 nos três meses até abril em comparação com o trimestre anterior, uma evidência da queda no recrutamento, embora com um total de 1,08 milhão vagas em aberto, elas permaneçam ainda em um patamar histórico elevado. Já o “payroll”, a estimativa de funcionários com folha de pagamento, caiu em 136.000 pessoas em abril.

Visão do mercado

Para a analista Bruna Skarica, do Morgan Stanley, os dados de emprego divulgados hoje sustentam um movimento de pausa na reunião de junho do BoE. “Depois do BoE comentar em sua reunião de maio que o mercado de trabalho estava muito mais aquecido que parecia, agora tudo indica que ele está esfriando em um ritmo maior que o BC antecipou”, disse ela.

Segundo Skarica, o aumento dos salários deve continuar no próximo mês devido a alta do salário mínimo em abril, o que sugere que o BoE deve fazer uma última alta neste ciclo.

Para o economista do ING, James Smith, há sinais de desaquecimento do mercado de trabalho britânico, anulando a necessidade de outra alta do BoE em junho.

“A taxa de desemprego cresceu para 3,9% em março e foi a primeira queda no emprego mensal desde o início de 2021. Os salários podem ter acelerado mas o pagamento médio semanal aumentou apenas 2 libras no último mês, um ritmo menor que fevereiro e que a maior parte de 2022”, disse ele.

“Da perspectiva do BoE, o relatório de hoje foi o primeiro grande reste antes da reunião de junho e não há nada aqui que pede por novas altas nos juros”, afirma.

Já para Ashley Webb, economista para o Reino Unido da Capital Economics, “O esfriamento do mercado de trabalho no Reino Unido em março tira alguma pressão do Banco da Inglaterra (BoE) para elevar os juros ainda mais”.

Segundo ele, o número de pessoas inativas continua a cair, recuando 156 mil no trimestre encerrado em março, mais que anulando o crescimento dos empregos, e elevando o desemprego para 3,9%. Em nota, Webb destaca, contudo, que o esfriamento do mercado de trabalho ainda não foi transmitido para os salários, que seguem em alta.

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