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As ações ordinárias da empresa de energia elétrica Light registraram um aumento de mais de 5%, atingindo o seu valor mais alto em mais de um ano. Esse aumento ocorreu após a convocação de uma assembleia pela empresa para eleger um novo conselho e com a notícia de que o acionista Nelson Tanure chegou a um acordo com outros investidores para indicar uma chapa ao conselho.
Por volta das 13h37, os papéis ON da Light apresentavam uma alta de 6,8%, chegando a R$ 9,29, e atingindo a máxima do dia de R$ 9,44.
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A Light divulgou ontem à noite que a gestora WNT, que recentemente adquiriu 21,8% da empresa e representa os interesses de Tanure, chegou a um acordo para indicar novos conselheiros juntamente com o fundo Samambaia, do megainvestidor Ronaldo Cezar Coelho, o segundo maior acionista, e o Santander PB FIA.
A chapa apresentada pelos principais acionistas é liderada pelo jornalista e ex-ministro das Comunicações Helio Costa, pelo ex-CEO da Eletrobras e da Equatorial, Firmino Sampaio, e pelo próprio Tanure. Além deles, o advogado Pedro Borba, o engenheiro Wendell Oliveira e Abel Rochinha, ex-executivo do grupo Enel e atual presidente do conselho da Light (BOV:LIGT3), entre outros, também fazem parte do grupo.
As ações da Light mais que dobraram de valor apenas neste mês, com uma valorização de 101% na B3. Isso ocorreu devido ao otimismo de alguns investidores, após Tanure indicar que pode liderar uma capitalização da empresa, conforme relatado recentemente pelo Valor Econômico.
O desempenho das ações também foi impulsionado pelas indicações do governo sobre a prorrogação das concessões de distribuição de energia, visto que o contrato da Light para fornecimento no Rio de Janeiro expira em 2026. Esse fato prejudicou a rolagem das dívidas e levou a empresa a entrar com um pedido de recuperação judicial neste ano. De acordo com as propostas do Ministério de Minas e Energia, as empresas do setor poderão solicitar antecipadamente a renovação dos contratos, algo que a Light já manifestou publicamente a intenção de fazer.
