O conselho de administração da Ânima Educação aprovou, em 26 de maio, a captação de R$ 200 milhões no mercado de crédito, conforme informações e documentos obtidos pela Mover.
A Ânima Educação é uma das principais organizações privadas de ensino superior do Brasil e tem o objetivo de levantar R$ 100 milhões por meio de uma cédula de crédito bancário junto ao Santander, com uma taxa de CDI + 2,75% ao ano. O prazo de vencimento do título é de 36 meses.
Além disso, a Ânima (BOV:ANIM3) emitirá R$ 100 milhões em notas comerciais com taxa de CDI + 3,25% ao ano, também com vencimento em 36 meses. Essas notas serão garantidas por 50% dos recebíveis da subsidiária Socec.
A empresa afirmou que essas operações fazem parte das práticas usuais de tesouraria e têm como objetivo fortalecer o caixa após o cumprimento das principais obrigações de pagamento de dívidas realizadas em 2023.
Em maio, o Valor Econômico noticiou que a Ânima estava negociando com bancos para obter um fundo que ajudasse a reduzir sua dívida de aproximadamente R$ 2,9 bilhões, que é 3,9 vezes o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda).
A empresa tem adotado diferentes estratégias para diminuir seu passivo, incluindo a venda de parte de seu braço de cursos de medicina e a negociação da venda de algumas de suas instituições de ensino em Porto Alegre e no Rio de Janeiro.
No primeiro trimestre deste ano, a Ânima registrou um prejuízo contábil de R$ 41,3 milhões, mas após ajustes, obteve um lucro líquido de R$ 14,7 milhões, representando uma queda anual de 71,2% nessa métrica.
O desempenho financeiro tem sido afetado por despesas financeiras significativas, que totalizaram cerca de R$ 200 milhões nos primeiros três meses do ano. Apesar disso, a receita líquida aumentou 5,8% e o número de novas matrículas cresceu 13%. O Ebitda ajustado também teve um aumento de 4%, enquanto a geração de caixa operacional e livre apresentaram avanços de 14,6% e 7%, respectivamente.
Por volta das 14h15, as ações da Ânima estavam com alta de 2,81%, sendo negociadas a R$3,66. No acumulado do ano, os papéis apresentaram uma queda de 5,44%.