A Bausch + Lomb (NYSE:BLCO) anunciou hoje que irá adquirir diversos produtos oftalmológicos da Novartis (NYSE:NVS) por US$ 1,75 bilhão, à medida que busca expandir sua presença em um mercado em crescimento. A notícia levou as ações NVS da empresa a subirem na sexta-feira (30).
A Novartis também é negociada na B3 através do ticker (BOV:N1VS34).
O acordo inclui a compra do colírio anti-inflamatório Xiidra da Novartis, do medicamento experimental libvatrep para dor crônica na superfície ocular e dos direitos de uso do dispositivo de administração de medicamentos para olhos secos AcuStream.
Este é o primeiro grande negócio realizado pelo CEO Brent Saunders desde seu retorno à empresa em março. Além do valor inicial, o acordo também prevê possíveis pagamentos adicionais de até US$ 750 milhões para a Novartis. A transação espera-se ser concluída até o final deste ano e espera-se que impulsione os ganhos da Bausch + Lomb.
Recentemente, o Miebo da Bausch + Lomb foi aprovado para o tratamento da condição de olho seco, uma condição que afeta cerca de 739 milhões de pessoas em todo o mundo, incluindo aproximadamente 38 milhões nos Estados Unidos.
Após o fechamento do negócio, a Novartis continuará fornecendo o Xiidra em nome da Bausch + Lomb por um período limitado, garantindo assim o fornecimento contínuo aos pacientes.
No ano passado, a empresa anunciou sua intenção de cortar custos e adotar uma abordagem “oportunista” em relação aos cuidados oculares e doenças respiratórias, enquanto concentrava seus esforços em áreas como cuidados cardiorrenais, imunologia, neurociência, oncologia e hematologia.
A Bausch + Lomb já havia adquirido o Xiidra da Takeda Pharmaceutical em 2019, pagando inicialmente US$ 3,4 bilhões pela aquisição.
As vendas do Xiidra, principalmente nos Estados Unidos, totalizaram US$ 487 milhões em 2022, um aumento de 4% em comparação com o ano anterior. No entanto, o tratamento enfrenta concorrência do Restasis da AbbVie (ABBV, ABBV34) e de versões genéricas mais baratas.
O principal produto oftalmológico da Novartis, o Lucentis, utilizado no tratamento da degeneração macular, uma causa comum de cegueira em idosos, viu suas vendas diminuírem devido ao surgimento de alternativas mais econômicas.