O Banco Popular da China (PBoC) anunciou nesta quinta-feira que está cortando a taxa sobre 237 bilhões de yuan (US$ 33 bilhões) em empréstimos de médio prazo de um ano para bancos em 10 pontos-base, de 2,75% para 2,65%. A quantidade de novos empréstimos excede os 200 bilhões de yuan de tais empréstimos com vencimento em junho.

A última vez que o PBoC diminuiu a mesma taxa foi em agosto do ano passado, depois que um bloqueio de dois meses em Xangai devido à covid-19 afetou a economia.

Os cortes também podem abrir caminho para reduções nas taxas de juros de referência da China quando forem definidas na próxima terça-feira. Dados desta semana mostraram que o crescimento do crédito desacelerou para 11,4% em maio, o ritmo mais fraco em quatro meses, após alta de 11,8% em abril.

O corte da importante taxa de empréstimo também ajuda reduzir os custos dos empréstimos, à medida que as vendas de imóveis e a produção industrial enfraquecem, enquanto o desemprego entre os jovens continua sendo um problema.

O estímulo de quinta-feira foi amplamente antecipado pelos economistas depois que o PBoC reduziu sua taxa de recompra reversa de sete dias – a principal taxa pela qual fornece liquidez de curto prazo aos bancos – para 1,90%, de 2,00% dias antes.

A segunda maior economia do mundo registrou crescimento de 4,5% acima do esperado no primeiro trimestre. Mas a atividade fabril lenta e o abrandamento do comércio externo levantaram preocupações nos últimos meses, enquanto persiste a desaceleração no setor imobiliário, especialmente em cidades menores. O país também enfrenta o desafio de gerar empregos suficientes, com a taxa de desemprego de jovens atingindo 20,4% no final de abril.