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Focus mantém em 12,25% projeção para os juros em 2023

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Enquanto o mercado ainda digere o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) que sinaliza que um corte na taxa básica de juros pode ficar para setembro — e não agosto, como esperado anteriormente — os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) decidiram por manter suas estimativas para a taxa básica de juros.

Segundo o Boletim Focus desta segunda-feira (26), a Selic deve ficar em 12,25% ao ano em 2023; 9,5% em 2024; 9% em 2025; e 8,75% em 2026.

Na quarta-feira (21) o Copom decidiu por manter a taxa básica de juros em 13,75% ao ano, conforme expectativa do mercado, porém, isso ocorre em meio a pressões de governos, empresários e entidades representantes dos setores produtivos para que se inicie o ciclo de fim do aperto monetário.

Esta é a sétima vez seguida que o Comitê decide pela manutenção da taxa. Assim, o patamar de juros no país continua no maior nível desde dezembro de 2016.

Era unânime a expectativa entre economistas de que o colegiado iria manter novamente a Selic nos mesmos 13,75% ao ano. Para uma grande parte dos especialistas, porém, esta será a última vez.

Grande parte do mercado acreditava que o BC deveria começar a cortar os juros a partir de seu próximo encontro, no início de agosto. Contudo, no comunicado, o Copom volta a citar “paciência e serenidade” com a condução da política monetária em relação à inflação.

Inflação

Com a expectativa para a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) desta semana e a definição de metas de inflação para 2026, as estimativas para o IPCA – índice oficial de inflação – voltaram a cair no Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 26.

A expectativa para o IPCA deste ano na Focus passou de 5,12% para 5,06%. Um mês antes, a mediana era de 5,71%. Para 2024, foco da política monetária, a projeção cedeu de forma modesta, de 4,00% para 3,98%. Há um mês, era de 4,13%.

Considerando somente as 153 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2023 variou de 5,07% para 4,98%. Para 2024, por sua vez, a projeção de alta caiu de 3,96% para 3,94%, considerando 152 atualizações no período.

Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central disse que a manutenção da Selic em 13,75% era adequada para assegurar a convergência da inflação. A mediana na Focus para a inflação oficial em 2023 ainda está acima do teto da meta (4,75%), apontando para três anos de descumprimento do mandato principal do Banco Central, após 2021 e 2022. Para 2024, a mediana supera o centro da meta (3,00%), mas está dentro do intervalo de tolerância superior, que vai até 4,50%.

Nos horizontes mais longos, a mediana para o IPCA de 2025 se manteve em 3,80%. Houve queda na estimativa para 2026, de 3,80% para 3,72%. Há um mês, as projeções eram de 4,00% para 2025 e 2026. A meta para 2025 é de 3,00% (margem de 1,50% a 4,50%). Ainda não há objetivo definido para 2026, o que deve ocorrer nesta semana.

Na avaliação do BC, a desancoragem observada nos prazos mais longos nos últimos meses está ligada ao debate sobre mudança da meta de inflação, levantado pelo governo. Há também questões ligadas ao risco fiscal, que tem diminuído com o andamento do novo arcabouço fiscal, reconhecem BC e mercado.

Meses

Os economistas do mercado financeiro continuaram a projetar deflação no índice de inflação oficial (IPCA) de junho no Boletim Focus. A mediana passou de recuo de 0,04% para queda de 0,09%. Há um mês, a expectativa era de aumento de 0,31%.

Para o IPCA de julho, a estimativa se manteve em 0,30%, contra a mediana de 0,35% um mês antes. Para agosto, a previsão para o indicador se manteve em 0,22%, de 0,23% há quatro semanas.

Já a expectativa para a inflação suavizada para os próximos 12 meses caiu de 4,18% para 4,16%, de 4,69% há um mês.

PIB

As instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central (BC) na pesquisa Focus mantiveram a previsão de déficit primário em 2023 em 1,01% do Produto Interno Bruto (PIB), mesmo valor observado na semana passada. O resultado primário equivale à diferença entre a receita e a despesa pública, sem considerar os gastos referentes à dívida do governo – como as despesas com o pagamento de juros.

A previsão para o resultado nominal – a diferença entre as receitas e as despesas do governo, inclusive aquelas relacionadas à dívida pública – foi de déficit de 7,74% do PIB, inferior ao saldo negativo de 7,77% do PIB observado na semana anterior. A estimativa para a dívida líquida do setor público em 2023 diminuiu para 60,47% do PIB, comparada à projeção de 60,60% do PIB da semana passada.

Para 2024, as instituições indicaram a previsão de déficit primário em 0,80% do PIB, mesmo valor observado na semana passada.

A previsão para o resultado nominal foi de déficit de 7,00% do PIB, igual ao saldo negativo de 7,00% do PIB observado na semana anterior. A estimativa para a dívida líquida em 2024 diminuiu para 63,90% do PIB, comparada à projeção de 64,20% do PIB da semana passada.

Câmbio (FX:USDBRL)

O cenário esperado para o câmbio brasileiro em 2023 e 2024 se manteve estável no Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira. A estimativa para o câmbio este ano segue em R$ 5,00, de R$ 5,11 há um mês.

Para 2024, a mediana continua em R$ 5,10, contra R$ 5,17 quatro semanas antes. A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020. Com isso, o BC espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.

Entenda o Boletim Focus

O Boletim Focus é um relatório divulgado semanalmente pelo Banco Central do Brasil (BC ou BACEN).

Este relatório contem uma série de projeções sobre a economia brasileira coletadas junto a alguns dos principais economistas em atuação no país. Cerca de 100 (cem) analistas de mercado, representando as principais instituições financeiras do Brasil, opinam sobre a perspectiva futura de diversos indicadores de nossa economia.

O BACEN criou o Boletim Focus para poder acompanhar as impressões do mercado brasileiro sobre a inflação.

O relatório é confeccionado de segunda-feira a domingo, sendo divulgado sempre às segundas-feiras da semana seguinte à sua confecção.

 

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