O pregão de véspera de feriado de Corpus Christi, começou com o Ibovespa operando em alta nesta quarta-feira, de volta ao patamar dos 115 mil pontos, com investidores animados com a desaceleração acima do esperado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em maio. Por outro lado, dados fracos na China adicionam cautela e pressionam as siderúrgicas e mineradoras, que impedem um maior avanço do índice.
O IPCA de maio subiu 0,23% ante abril, abaixo das estimativas, com alta acumulada de 2,95% no ano e de 3,94% nos últimos 12 meses. O mercado acompanha também a tramitação da Reforma Tributária na Câmara, cujo relatório foi apresentado ontem.
As commodities sobem apesar dos números negativos da balança comercial chinesa em maio. As exportações tiveram queda anualizada de 7,5% (expectativa de alta de 5,5%) e a importações caíram 4,5% (previsão de recuo de 2,5%), com saldo comercial de US$ 65,8 bilhões, abaixo do superávit de US$ 90,2 bilhões de abril e da previsão de US$ 98 bilhões.
O contrato de minério de ferro para setembro fechou praticamente estável na bolsa de Dalian (+0,06%; US$ 108,15 a tonelada). Há pouco, em Cingapura, a matéria-prima subia 0,19% (US$ 107,70).
Na B3, as ações do segmento operam em queda e ficam entre as maiores perdas do Ibovespa, com exceção de Vale (VALE3), que sobe 0,47% (R$ 67,92). CSN Mineração (CMIN3) cai 2,73% (R$ 4,64), liderando as baixas do índice; Usiminas (USIM5) cede 0,41% (R$ 7,36); CSN (CSNA3) cai 2,73% (R$ 12,85); Gerdau (GGBR4) -0,48% (R$ 24,88) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4) -0,51% (R$ 11,60).
Os contratos futuros de petróleo também sobem nesta manhã e são acompanhados pelos papéis do setor. Petrobras ON (PETR3) sobe 2,21% (R$ 31,92); Petrobras PN (PETR4) +2,57% (R$ 28,77); Prio (PRIO3) tem alta de 0,93% (R$ 34,60) e 3R Petroleum (RRRP3) avança 1,71% (R$ 33,22).
Também entre os destaques positivos estão as PN da Gol, da Azul e as ON do Carrefour e da Magazine Luiza, que sobem 5,94%, 3,81%, 4,38% e 3,28%, na sequência. Essas empresas são beneficiadas pelo cenário de queda de juros e, por isso, reagem positivamente à inflação abaixo do previsto.