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Junho é o segundo mês do semestre com o maior número de companhias que pagarão dividendos

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O mês de junho começa com um grande número de empresas que devem pagar dividendos e juros sobre capital próprio aos seus acionistas. De acordo com um levantamento da ADVFN, serão 16 empresas no mês. Entre elas, encontre-se grandes empresas como a Petrobras, Banco do Brasil, Iguatemi, Sanepar, entre outras.

Durante a primeira quinzena, o Banco do Brasil (BOV:BBAS3) se destaca ao anunciar o pagamento de dividendos no valor de R$ 0,12 por ação, bem como juros sobre capital próprio (JCP) no valor de R$ 0,65, ambos a serem pagos no dia 12. Os acionistas que possuírem ações até a última quinta-feira (1) têm direito a receber esses proventos. Além disso, o banco estatal pagará mais JCP de R$ 0,34 no dia 30 de junho.

É importante ressaltar que os dividendos não estão sujeitos à tributação do Imposto de Renda. No entanto, no caso dos JCP, uma alíquota de 15% é descontada do valor bruto pago pelas empresas.

Na segunda quinzena, no dia 16, a Petrobras (BOV:PETR4) realizará o pagamento da segunda parcela dos dividendos complementares referentes ao exercício de 2022, no valor de R$ 0,91 por ação. Aqueles que possuíam ações da empresa até o fechamento do pregão de 27 de abril receberão esses proventos. Além disso, há uma última parcela de R$ 0,52 por ação prevista para o dia 27 de dezembro.

Outra empresa em destaque é a Copel (BOV:CPLE6), que remunerará os investidores com JCP de até R$ 0,69 por ação e dividendos de R$ 0,082. Analistas têm expressado otimismo em relação a uma possível privatização da companhia, que pode ocorrer até o final do ano.

O Banco do Brasil é apontado como o favorito dos analistas para dividendos em 2023, com uma expectativa de retorno de até 11% (dividend yield). Quanto ao payout, espera-se que ele seja mantido em 40% do lucro, podendo ser maior com a recuperação do crédito.

Após um trimestre sob nova gestão, os agentes de mercado elogiam o controle de inadimplência, que diminuiu, o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) elevado e o crescimento da carteira de crédito, com destaque para a exposição ao agronegócio.

Analisando o aumento do lucro líquido do Banco do Brasil em relação a 2022, Sergio Biz, sócio do GuiaInvest, acredita que a projeção para 2023 pode ser alcançada e que há espaço para distribuir bons dividendos.

Niels Tahara, da Benndorf Research, destaca o forte controle de despesas da instituição, o que demonstra uma gestão de riscos qualificada.

Apesar do sucesso operacional, as ações do banco estatal ainda apresentam um desconto de 40% em relação aos seus pares, segundo analistas da XP, devido à desconfiança em relação a interferências governamentais que possam afetar a eficiência da instituição. Acredita-se que resultados positivos no segundo trimestre possam ajudar a reduzir esse desconto.

Existe uma expectativa no mercado por uma mudança na política de dividendos da Petrobras até agosto. Nessa mudança, espera-se que a base de cálculo dos dividendos seja alterada, deixando de considerar fatores como o preço médio do petróleo Brent ou a diferença de caixa operacional e investimentos da empresa.

A maioria dos analistas acredita que os dividendos da Petrobras passarão a ser calculados de forma semelhante a outras empresas de capital aberto, utilizando uma parcela do lucro líquido (payout), que pode variar de 25% a 50%, sendo os mais otimistas.

Quanto ao dividend yield, os analistas consultados esperam taxas entre 12% e 22,7%, no entanto, nenhum deles recomenda a compra do ativo.

De acordo com Flávio Conde, analista da Levante, o pagamento de proventos será afetado pela política de investimentos da Petrobras, que prevê destinar até R$ 270 bilhões para o segmento de energia eólica.

Ilan Arbetman, analista da Ativa, afirma que os recursos para proventos se tornarão mais escassos. Ele argumenta: “Os dividendos vão secar? Não, mas possivelmente o dividend yield ficará abaixo de 10%”.

Segundo ele, com um retorno em dividendos abaixo de dois dígitos, os investidores precisarão avaliar se vale a pena manter as ações, considerando o risco político de uma empresa como a Petrobras.

Júlio Borba, analista da Benndorf Research, destaca que uma redução nos dividendos pode ter um impacto negativo no preço das ações. Ele reforça a importância de os investidores acompanharem a volatilidade do petróleo, dizendo: “Veremos como a Petrobras vai se comportar em um eventual repasse de preços, se vai ocorrer ou não”.

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