(14/06/2023): os Índices acionários apresentam movimentos distintos nesta quarta-feira (14), com o Ibovespa registrando alta de 1,4% e ultrapassando os 118 mil pontos. Enquanto isso, em Wall Street, os investidores adotam uma postura cautelosa antes da decisão de juros do Federal Reserve (Fed), resultando em variações modestas: o Dow Jones recua 0,43%, o S&P 500 registra leve alta de 0,28% e o Nasdaq sobe 0,39%.

A expectativa predominante nos mercados é de uma pausa nos aumentos de juros, perspectiva que foi mencionada pelo próprio Banco Central americano. De acordo com o CME, mais de 95% dos investidores apostam nessa direção. No entanto, os participantes preferem aguardar o tom do comunicado e, principalmente, qualquer indicação em relação a um possível aumento em julho. Os números da inflação nos Estados Unidos têm sido determinantes nesse cenário. Ontem, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) mostrou uma desaceleração na pressão inflacionária, e hoje o Índice de Preços ao Produtor (PPI) também desacelerou, embora a meta do Fed ainda esteja distante.

Essa precificação nos mercados tem impactado negativamente o dólar globalmente, assim como os rendimentos dos Treasuries e os juros futuros. Por outro lado, essa situação tem impulsionado as commodities e ações relacionadas. O índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a uma cesta de moedas, cai 0,58%, chegando a 102,734 pontos. Em relação ao real brasileiro, o dólar recua 0,40%, sendo negociado a R$ 4,8430.

No mercado de petróleo, houve uma leve redução nos ganhos devido ao aumento dos estoques oficiais nos Estados Unidos. Além disso, os investidores estão atentos à possibilidade de estímulos econômicos por parte da China.

Em outras notícias econômicas, a Hapvida (HAPV3), empresa do setor de saúde, realizou reajustes significativos nos planos de saúde empresariais. Os contratos com data de aniversário em maio tiveram aumentos de 18%, enquanto nas carteiras com mais de 3 mil usuários, o aumento foi de 14,5%. Nos planos de pequenas e médias empresas (PME), o reajuste atingiu 21,5%. Já nos planos individuais, o aumento foi de 9,6%, seguindo o patamar estabelecido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A Hapvida também divulgou informações sobre a coparticipação em seus planos de saúde, revelando que, em cerca de 42,5% deles, os usuários arcam com parte dos procedimentos médicos. No caso dos planos empresariais, essa proporção é de 55,9%, enquanto nos planos PME é de 33,8%, nos planos de adesão é de 31,6% e nos planos individuais é de 12,2%. A empresa está realizando hoje o “Hapvida Day” e os analistas destacam um discurso muito positivo da companhia, com seus executivos enfatizando a superioridade do modelo verticalizado e a capacidade de recuperação dos resultados. As ações da Hapvida estão entre as maiores altas do índice.

Por outro lado, o Santander (SANB11) anunciou na terça-feira (13) que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação à incidência de PIS e Cofins sobre a receita de instituições financeiras terá um impacto negativo de R$ 4,5 bilhões nas operações da empresa no Brasil. Como resultado, as ações do Santander estão em queda.