(02/06/2023): Por volta das 12h10, o principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, registrou uma valorização de 1,9% e ultrapassou a marca dos 112.000 pontos, impulsionado pelas ações do setor metálico e também das empresas ligadas ao petróleo. Esse desempenho positivo ocorreu um dia após o Senado americano aprovar uma lei que evitou o que poderia ter sido o primeiro calote da história dos Estados Unidos.

A moeda norte-americana, o dólar, apresentou uma queda de 0,93% em relação ao real, sendo cotado a R$ 4,9597. Essa queda foi influenciada pelo fluxo externo, e isso impactou os juros futuros de longo prazo, enquanto os juros de curto prazo oscilaram próximos ao ajuste.

Os rendimentos dos títulos do Tesouro americano aumentaram devido à valorização da moeda no cenário internacional, com o índice DXY atingindo 103,877, um acréscimo de 0,31%. O destaque do dia e da semana foi o relatório de empregos (payroll), que surpreendeu positivamente em maio e também teve uma revisão para cima dos números de abril. Esses dados mostram que o mercado de trabalho dos Estados Unidos continua robusto, o que poderia trazer dificuldades para o Federal Reserve (Fed), o banco central do país. As apostas em uma pausa nas decisões do Fed na reunião de junho foram abaladas, mas ainda são majoritárias (66%) devido ao aumento inesperado da taxa de desemprego e aos salários por hora em linha com as expectativas, fatores que sustentaram essa decisão.

No mercado de commodities, o minério de ferro avançou 2,90% em Dalian, impulsionado pela notícia da Bloomberg de que a China está estudando estímulos para impulsionar o setor da construção civil no país. As ações da Vale, importante produtora de minério de ferro, apresentaram uma alta de 3,8%.

Na bolsa de valores, a empresa CVC (CVCB3) foi destaque com as maiores altas do índice, após anunciar que está em conversas com potenciais investidores para uma oferta pública.

As ações das companhias aéreas também tiveram uma alta, impulsionadas pelo cenário doméstico favorável. Analistas destacaram os dados do cenário macroeconômico brasileiro, como a queda do desemprego, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) acima do esperado e o arrefecimento da inflação, como fatores que beneficiam o setor, pois afetam diretamente o poder de compra dos consumidores.

Em meio à recente recuperação das ações de varejistas devido às expectativas de juros e aos sinais de uma economia mais forte, os analistas do JPMorgan revisaram suas recomendações para o setor. Com uma postura mais cautelosa, eles rebaixaram a recomendação para as ações do Magazine Luiza (MGLU3) e da Via (VIIA3). A recomendação para MGLU3 foi reduzida de “overweight” (exposição acima da média, equivalente à compra) para “neutra”, enquanto para VIIA3 foi reduzida de “neutra” para “underweight” (exposição abaixo da média, equivalente à venda), sem estabelecer um preço-alvo para as ações de ambas as empresas.

Termômetro B3

Top 3 de alta:  CVCB3 +7,2%, CSAN3 +6,7%, CMIN3 +5,6%

Top 3 de baixa:  VIIA3 -5,2%, TOTS3 -3,8%, MGLU3 -3,7%

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Com informações do BDM e TC