O UBS Group AG (NYSE:UBS) espera concluir a aquisição do Credit Suisse Group AG (NYSE:CS) já no dia 12 de junho, criando um gigantesco banco suíço com um balanço patrimonial de US$ 1,6 trilhão após um resgate apoiado pelo governo no início deste ano.
A informação foi dada pela instituição em um comunicado na segunda-feira. As ações do UBS subiram 1,22% no início do pregão de segunda-feira, enquanto as ações do Credit Suisse subiram 1,89%.
O UBS Group AG também é negociado na B3 através do ticker (BOV:UBSG34). O Credit Suisse também é negociado na B3 através do ticker (BOV:C1SU34).
A conclusão do negócio ainda está sujeito a certas condições, que o UBS pode renunciar, de acordo com o comunicado. Após o fechamento, as ações do Credit Suisse serão retiradas da lista da Bolsa de Valores suíça SIX em 13 de junho e da Bolsa de Valores de Nova York em 12 de junho.
O acordo criará um grupo que supervisionará US$ 5 trilhões em ativos, dando ao UBS uma posição de liderança em mercados-chave que, de outra forma, levaria anos para crescer em tamanho e alcance.
O megabanco vai empregar 120 mil pessoas em todo o mundo, embora já tenha anunciado que vai cortar postos de trabalho para aproveitar sinergias e reduzir custos.
O UBS estava correndo para fechar a transação em tempo recorde, esperando dar maior segurança aos clientes e funcionários do Credit Suisse e evitar saídas.
Os acionistas do Credit Suisse receberão uma ação do UBS para cada 22,8 ações em circulação detidas. Todos os títulos de dívida em circulação do Credit Suisse se tornarão obrigações do UBS.
O UBS havia inicialmente previsto que a aquisição de seu rival menor seria concluída já no final de maio ou no início de junho. Mas o fechamento corria o risco de atrasar porque o UBS e o governo suíço ainda estavam negociando os termos exatos da garantia estatal de 9 bilhões de francos suíços (US$ 9,9 bilhões) para as perdas que o banco poderia incorrer, informou anteriormente a Bloomberg News.
O UBS concordou em assumir o controle do Credit Suisse este ano em uma venda de emergência apoiada pelo governo suíço, em meio a temores de que o concorrente menor e problemático estivesse se aproximando da falência. O banco disse que talvez precise adiar a publicação de seus resultados do segundo trimestre em relação à data original de 25 de julho, para ter tempo suficiente, a partir do fechamento do negócio, para fornecer demonstrações financeiras combinadas.
Conforme o comunicado, o UBS espera que os principais termos do chamado Acordo de Proteção contra Perdas sejam definidos antes do fechamento da aquisição, mas não as implicações regulatórias, de acordo com um registro no mês passado. O UBS e os órgãos reguladores ainda estão determinando quais ajustes às exigências de liquidez e capital e às medidas de ativos ponderados pelo risco a entidade combinada precisará fazer.
A garantia de perdas do governo suíço foi necessária porque houve pouco tempo para fazer a due dilligence e o Credit Suisse tem ativos de difícil avaliação que o UBS planeja liquidar. Se isso resultar em perdas, o UBS assumiria os primeiros 5 bilhões de francos e o governo os próximos 9 bilhões de francos.
O UBS disse no mês passado que espera reduções de cerca de US$ 13 bilhões nos ativos do Credit Suisse e também estimou que as responsabilidades legais podem custar até US$ 4 bilhões em 12 meses. Ele também disse que pode ter um ganho de capital estimado em US$ 34,8 bilhões como resultado da aquisição.
Com informações da Bloomberg e da Reuters