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Na terça-feira (27), a Walgreens Boots Alliance (NYSE:WMT) revisou para baixo sua previsão de lucros para o ano inteiro devido a um desempenho abaixo do esperado no terceiro trimestre fiscal. Isso se deveu a uma redução nos gastos do consumidor e uma queda na demanda por vacinas e testes da Covid-19, não atendendo às expectativas de Wall Street. Após o anúncio, as ações da Walgreens caíram cerca de 9% nas negociações de pré-mercado de Nova York.
A Walgreens também é negociada na B3 através do ticker (BOV:WGBA34).
A cadeia de farmácias varejistas agora espera ganhos na faixa de US$ 4,00 a US$ 4,05 por ação para o ano, abaixo da previsão anterior de US$ 4,45 a US$ 4,65 por ação.
Durante a teleconferência de resultados, a CEO Rosalind Brewer expressou sua decepção com a redução nas projeções de lucro para o ano. Ela também afirmou que a demanda fraca por vacinas e os gastos mais baixos do consumidor provavelmente continuarão no próximo ano, citando o fim do estímulo fiscal e a retomada dos pagamentos de empréstimos estudantis como possíveis obstáculos.
Brewer ressaltou que a Walgreens está aumentando sua iniciativa de redução de custos para US$ 4,1 bilhões, incluindo US$ 800 milhões em economia para o ano fiscal de 2024. A empresa também está trabalhando para melhorar a rentabilidade de seu segmento de assistência médica.
Apesar dos resultados abaixo das expectativas, Brewer afirmou que a Walgreens possui a estratégia correta para impulsionar o crescimento futuro.
Em termos de desempenho no terceiro trimestre fiscal, a Walgreens ficou abaixo das expectativas dos analistas em relação aos ganhos por ação ajustados, registrando US$ 1,00 em comparação com a expectativa de US$ 1,07. No entanto, a receita foi melhor do que o esperado, totalizando US$ 35,42 bilhões em comparação com a estimativa de US$ 34,24 bilhões.
Embora seja a primeira vez desde julho de 2020 que a Walgreens não atinge as expectativas dos analistas em termos de lucros, a empresa conseguiu registrar crescimento nas vendas. No trimestre, as vendas alcançaram US$ 35,4 bilhões, um aumento de 8,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, impulsionado pelo crescimento nos segmentos de farmácia e saúde.
No entanto, o lucro líquido da Walgreens no trimestre foi de US$ 118 milhões, ou US$ 0,14 por ação não ajustado, uma queda de 59% em comparação com os US$ 289 milhões reportados no mesmo trimestre do ano anterior, principalmente devido a um lucro operacional menor.
O segmento de varejo farmacêutico nos Estados Unidos registrou vendas de aproximadamente US$ 28 bilhões no trimestre, um aumento de 4,4% em comparação com o ano anterior, com vendas comparáveis em locais individuais aumentando 7%.
Além disso, as vendas na divisão de farmácias da Walgreens aumentaram 6,3% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, com vendas comparáveis subindo quase 10% devido à inflação nos preços dos medicamentos de marca.
O número total de prescrições preenchidas no trimestre, incluindo imunizações, aumentou 0,1%, totalizando 305 milhões. No entanto, as vacinas contra a Covid-19 administradas durante o período tiveram uma queda de 83%, passando de 4,7 milhões para 800.000.
A Walgreens espera administrar de 9 milhões a 10 milhões de vacinas contra a Covid-19 em 2024, seguindo uma temporada típica de gripe, em comparação com a projeção de 12,5 milhões para 2023.
No segmento de assistência médica nos EUA, as vendas da Walgreens atingiram US$ 2 bilhões, um aumento de US$ 1,4 bilhão em relação ao mesmo período do ano anterior. A parceria com o provedor de cuidados primários VillageMD e a provedora de atendimento de urgência Summit Health impulsionaram o crescimento das receitas em 22%. Além disso, as vendas da CareCentrix, fornecedora de assistência médica domiciliar da Walgreens, aumentaram 15% devido a ofertas de serviços adicionais.
