A apelação da Microsoft contra o bloqueio da aquisição da Activision Blizzard é pausada pela Grã-Bretanha

Em uma decisão formal na segunda-feira (17), um tribunal de Londres pausou a apelação da Microsoft (NASDAQ:MSFT) contra o bloqueio da Grã-Bretanha à sua aquisição de US$ 69 bilhões da Activision Blizzard (NASDAQ:ATVI), dando mais tempo às partes para resolver a disputa.

A Microsoft também é negociada na B3 através do ticker (BOV:MSFT34).

A Activision Blizzard também é negociada na B3 através do ticker (BOV:ATVI34).

A Microsoft, a Activision e a autoridade reguladora de concorrência do Reino Unido, a Competition and Markets Authority (CMA), solicitaram uma suspensão do caso por dois meses depois que a CMA afirmou que consideraria um acordo modificado apresentado pela Microsoft.

O Tribunal de Apelação da Concorrência (CAT) decidiu na segunda-feira adiar a audiência completa da apelação da Microsoft, que estava prevista para começar em 28 de julho.

Em abril, a CMA se tornou a primeira grande reguladora a bloquear a aquisição do fabricante de “Call of Duty”, citando preocupações sobre o impacto na concorrência de jogos em nuvem.

A Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC) também se opôs ao acordo, mas sofreu uma grande derrota na semana passada, quando um tribunal federal rejeitou o pedido da FTC de interromper temporariamente o negócio.

No Reino Unido, o relatório final da CMA costuma ser a palavra final. As empresas não podem recorrer após a sua publicação, e sua única opção é o CAT.

No entanto, na semana passada, menos de uma hora depois que um tribunal federal dos EUA decidiu que o acordo poderia prosseguir, a CMA afirmou que poderia revisar uma proposta modificada. Posteriormente, afirmou que um acordo reestruturado poderia resolver suas preocupações, sujeito a uma nova investigação.

Todas as partes solicitaram uma pausa de dois meses no caso no CAT, e os advogados da CMA afirmaram nos processos judiciais que isso “permitirá que a CMA e as partes se engajem de forma rápida e construtiva em relação às propostas da Microsoft”.

David Bailey, advogado que representa a CMA, afirmou ao tribunal que a derrota inicial da FTC “não estava no pensamento da CMA” quando decidiu estudar um novo acordo.

Ele acrescentou: “Com base nas discussões até o momento, ambas as partes – Microsoft e CMA – têm confiança de que a notificação da Microsoft sobre uma transação reestruturada é capaz de abordar as preocupações identificadas pela CMA”.

O advogado da Microsoft, Daniel Beard, afirmou: “O Reino Unido é o único obstáculo para o fechamento do acordo, e a velocidade é essencial”.