Atividade de serviços na França cai pela primeira vez desde janeiro com enfraquecimento da demanda

A atividade no setor de serviços dominante na França caiu em junho pela primeira vez desde janeiro, mostrou uma pesquisa nesta quarta-feira, uma vez que a demanda fraca se somou aos temores de que a segunda maior economia da zona do euro poderia ter contraído no segundo trimestre.

O índice final de gerentes de compras (PMI) da HCOB França de junho para o setor de serviços, compilado pela S&P Global, caiu para 48,0 pontos, de 52,5 no mês anterior, correspondendo a uma estimativa rápida anterior.

Qualquer valor acima de 50 pontos indica expansão da atividade.

“Pode ser que o PIB da França caia no segundo trimestre, já que o setor de serviços representa a maior parcela da produção econômica francesa”, disse Norman Liebke, economista do Hamburg Commercial Bank AG (HCOB).

A produção foi prejudicada por uma desaceleração acelerada da demanda, disse a pesquisa, acrescentando que os gerentes entrevistados mencionaram o aumento dos custos de empréstimos, a inflação e a crescente relutância entre os clientes como razões para a desaceleração.

O banco central francês havia dito no mês passado que a economia estava a caminho de evitar uma recessão neste ano, enquanto as pressões inflacionárias diminuíam, embora o crescimento só aumente gradualmente nos próximos dois anos.

Ele disse que a economia francesa crescerá 0,1% no trimestre atual em relação aos três meses anteriores e 0,2% no terceiro e no quarto trimestres.

O PMI composto foi revisado ligeiramente para 47,2 em junho de 2023, de uma estimativa rápida de 47,3 e abaixo de 51,2 em maio. A leitura mais recente indicou uma contração moderada na atividade empresarial do setor privado, mas ainda assim a mais acentuada desde fevereiro de 2021.

No geral, os novos pedidos caíram no ritmo mais rápido desde novembro de 2020, com taxas de queda aceleradas em ambos os setores. Os atrasos de trabalho também caíram, embora isso tenha sido impulsionado principalmente pelos fabricantes. O crescimento sólido no emprego em serviços apoiou as contratações durante junho.

Na frente de preços, as pressões de preços diminuíram, com taxas de custo de insumos e inflação de preços de produtos diminuindo para mínimos de 27 e 25 meses, respectivamente.