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Gol (GOLL4): lucro líquido de R$ 556,3 milhões no 2T23, ações caem

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A Gol registrou lucro líquido de R$ 556,3 milhões no segundo trimestre de 2023, revertendo prejuízo de R$ 2,968 bilhões da mesma etapa do ano passado, informou a companhia aérea.

O resultado foi beneficiado pela melhora do resultado financeiro líquido no período.

Na base recorrente, o prejuízo foi de R$ 415,7 milhões no 2T23, uma redução de 33% frente ao prejuízo de R$ 620,8 milhões de um ano antes.

A receita líquida somou R$ 4,145 bilhões no segundo trimestre deste ano, crescimento de 27,9% na comparação com igual etapa de 2022.

Ebitda – juros, impostos, depreciação e amortização – recorrente totalizou R$ 947,3 milhões no 2T23, um crescimento de 115,8% em relação ao 1T22. A margem Ebitda recorrente atingiu 22,8% entre abril e junho deste ano, alta de 9,3 p.p. frente a margem registrada em 1T22.

O resultado operacional (EBIT) atingiu a cifra de R$ 537,2 milhões no segundo trimestre de 2023, ante R$ 191,9 milhões negativos de igual etapa de 2022. A margem operacional foi de 13% no 2T23, alta de 18,9 p.p. frente a margem do 2T22.

As despesas operacionais totais somaram R$ 3,608 bilhões no 2T23, um crescimento de 5,1% em relação ao mesmo período de 2022.

As despesas operacionais (CASK) no 2T23 foi de 35,09 centavos (R$), representando uma redução de 7,9% quando comparado ao 2T22, principalmente influenciado pela queda no custo do combustível. O custo unitário excluindo combustível e as operações das aeronaves cargueiras apresentou redução de 1,5%. O custo unitário combustível apresentou redução de 17,2% principalmente devido a redução do preço de querosene de aviação e maior utilização das novas aeronaves Boeing 737-MAX nas operações da GOL.

receita líquida por assento-quilômetro Ofertado (RASK) líquido da Companhia foi de 40,32 centavos (R$), representando um incremento de 12,2% também comparado ao mesmo período do ano anterior. O yield líquido registrado no 2T23 foi de 47,07 centavos (R$), resultando em um acréscimo de 9,5% comparado ao 2T22.

A demanda, medida em RPK (passageiro-quilômetro transportado), saltou 13,4%. Já a oferta (ASK, ou assento-quilômetro ofertado) saltou 14%. O Prask (receita de passageiros por assentos-quilômetros oferecidos) foi de R$ 0,3618 no trimestre, alta de 8,9%.

A demanda no mercado doméstico atingiu 7.160 milhões de RPK, um aumento de 10,9% comparado ao 2T22.

A oferta no mercado doméstico por sua vez atingiu 9.265 milhões de ASK, representando um aumento de 9,9% comparado ao 2T22. A taxa de ocupação foi de 77,3% e a Companhia transportou cerca de 6,7 milhões de Clientes no 2T23, um incremento de 15,1% comparativamente ao mesmo trimestre do ano anterior.

O volume total de decolagens da Companhia foi de 54.570, representando um acréscimo de 19,8% comparativamente ao 2T22. O total de assentos disponibilizados no mercado foi de 9,5 milhões, representando um acréscimo de 18,6% comparativamente ao mesmo período de 2022.

A perspectiva de lucro por ação (LPA) foi de R$1,20 e lucro por ADS de US$0,48.

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 2,6 milhões no segundo trimestre de 2023, uma redução de 99,9% sobre as perdas financeiras de R$ 2,776 bilhões da mesma etapa de 2022.

No final do 2T23, a frota total da Gol era de 143 aeronaves Boeing 737, sendo 101 NGs, 38 MAXs e 4 NGs Cargueiros.

A liquidez total (caixa e equivalentes de caixa, aplicações financeiras, depósitos e contas a receber) atingiu R$4,1 bilhões em 30/06/2023, redução de 8,4% em relação a 31 de março de 2023.

As atividades operacionais geraram aproximadamente R$ 300 milhões no 2T23 por iniciativas de capital de giro e o maior volume durante o trimestre.

Em 30 de junho de 2023, a dívida líquida da companhia era de R$ 20,522 bilhões, um recuo de 2,2% na comparação com a mesma etapa de 2022.

A relação dívida líquida (incluindo 7x os pagamentos de arrendamento anuais e excluindo o bônus perpétuo) sobre o Ebitda recorrente foi de 6,7 vezes em 30 de junho de 2023 (5,0x em IFRS16 e 3,5x excluindo o SSN 2028), uma redução de 0,9 vez comparada a alavancagem em 31 de março de 2023.

⇒ Frota

A frota total da GOL era de 143 aeronaves Boeing 737, sendo 101 NGs, 38 MAXs e 4 NGs Cargueiros. A frota da Companhia é 100% composta por aeronaves (narrowbody), sendo 97% financiada via arrendamento mercantil operacional e 3% financiada via arrendamento financeiro.

Em 30/06/23, a GOL possuía 107 pedidos firmes para aquisição de aeronaves Boeing 737-MAX, sendo 70 do modelo 737-MAX 8 e 37 do modelo 737-MAX 10. O plano de frota da Companhia prevê a devolução de 13 aeronaves NG até o final de 2023, com a flexibilidade de acelerar ou reduzir o volume de devoluções caso necessário.

Projeções

A Gol atualizou suas projeções financeiras para o ano de 2023, com destaque para expectativa de aumento da margem Ebitda de 24% para 25%.

Por outro lado, a companhia reduziu suas projeções de receita líquida de R$ 19,5 bilhões para R$ 19,3 bilhões em 2023.

Já as estimativas de lucro por ação e alavancagem financeira se mantiveram em, respectivamente, R$ 0,30 por ação e 6 vezes.

A aérea ainda reduziu sua estimativa de crescimento de oferta de voos para este ano em ajustes de capacidade após o resultado.

A empresa agora prevê que sua oferta de voos vai subir 10% a 15% este ano ante estimativa anterior de expansão de 15% a 20%. O ajuste parece se dar por redução nas decolagens, cuja estimativa de crescimento em 2023 passou de 20% a 25% para 15% a 20%, segundo os dados da companhia.

A frota operacional da empresa segue prevista em 114 a 118 aeronaves este ano, bem como a taxa média de ocupação dos aviões, em cerca de 81%.

Os resultados do Gol (BOV:GOLL4) referentes às suas operações do segundo trimestre de 2023 foram divulgados no dia 27/07/2023.

Teleconferência

Junto com os resultados do segundo trimestre de 2023, a Gol (GOLL4) apresentou estimativas para o ano cheio em que reduziu projeções de oferta de assentos e receita por passageiro. A companhia já vinha diminuindo sua capacidade no primeiro semestre e, ainda que a segunda metade do ano costume ser mais forte que a primeira, o guidance foi revisado para alcançar o equilíbrio correto entre oferta e demanda, segundo os executivos.

“Ainda que façamos isso, estamos crescendo no segundo trimestre em relação ao primeiro, pois a segundo metade do ano no Brasil é geralmente mais forte que a primeira e isso é o que estamos vendo até agora em julho e nas vendas futuras”, afirmou Celso Ferrer, CEO da Gol, em teleconferência sobre o resultado da companhia.

Ferrer explica que a demanda por viagens corporativas, que costumam ter um papel importante em períodos de baixa sazonalidade como o segundo trimestre, ficou abaixo da expectativa. “Maio e junho foram meses em que essa demanda veio de uma maneira muito mais tímida do que a gente imaginava”. Assim, a Gol passou a assumir que o ritmo de crescimento desse segmento vai ser diferente do previsto inicialmente.

“A boa notícia é que vai haver crescimento, porém em um ritmo mais lento do que tínhamos assumido e, portanto, isso traz cautela”, diz Ferrer. O executivo diz que a Gol tem uma visão mais positiva do segundo semestre em relação ao cenário político e econômico, com o mercado prevendo mais estabilidade, e isso deve acelerar a demanda corporativa.

Ainda segundo o executivo, esse sentimento é reforçado por restrições na cadeira de fornecedores, sejam os atrasos na entrega de aeronaves ou nos serviços de manutenção das operações.

“Ajustamos [a capacidade] justamente para encontrar o ponto ótimo dessa visão de mercado”, afirma o executivo. Ferrer acredita que a concorrência também deve fazer ajustes de capacidade para manter resultados sustentáveis por mais tempo. “No geral, o comportamento do setor é de racionalidade, com visão de médio e longo prazo sustentável para o setor”.

  • Queda nos custos não implica em tarifa mais baixa

No segundo trimestre, o custo por assento (CASK) da Gol sofreu uma queda anual de 8,4% e esse desempenho é atribuído à queda do dólar e no preço dos combustíveis. Mas Ferrer avalia que o ambiente continua volátil para essas duas variáveis tão caras aos resultados das empresas aéreas.

“O combustível flutuou, obviamente ele baixou, mas continua sendo um dos mais caros do mundo, é 49% mais alto do que o combustível que uma companhia aérea tem acesso, por exemplo, nos Estados Unidos e é mais caro do que todos os países aqui da região”, afirma Ferrer.

O CEO afirma que a Gol tenta manter um modelo de precificação com tarifas “bem baixas” e isso se reflete na quantidade de promoções que a companhia tem feito. “A gente tem expandido tarifas promocionais e isso tem até refletido nos índices de inflação recentemente, mas tudo é feito com cautela porque tem essa montanha-russa [dos preços] e o delay do câmbio e do combustível nas tarifas”.

O executivo acredita que a exposição do setor a essas variáveis faz com que os investidores ainda prefiram se posicionar em outras companhias da América Latina. Ainda que a Gol tenha batido as expectativas de resultado do segundo trimestre, analistas afirmam se manter cautelosos com a empresa e não escondem preferência por outros players da região, como a chilena Latam e a panamenha Copa Airlines.

“As vezes países que estão com as tarifas mais ‘dolarizadas’ tendem a ter mais estabilidade do ponto de vista de receita”, diz Ferrer. Segundo ele, o dólar precisa mostrar consistência de que está em um novo patamar para trazer segurança à companhia e seus stakeholders.

  • Retomada de ofertas internacionais

Os executivos da Gol destacaram a forte retomada de oferta de voos internacionais pela companhia no segundo trimestre, com um crescimento de 73% em bases anuais. O foco está na rota Guarulhos (SP) – América do Sul e Brasília-Flórida.

“Isso demonstra um potencial que a companhia vem explorando em iniciativas de diversificação de receitas”, afirmou Ferri. Na teleconferência dos resultados, a administração da Gol explicou que está trabalhando com o seu controlador, o Abra Group, que também controla a Avianca Colômbia na sua expansão pela América do Sul.

“A maior parte do crescimento vai vir da integração com a rede da Avianca. Não existe redundância hoje”, afirma Ferrer. “Estamos integrando mais clientes à base, mas também otimizando a frota”, afirma Ferrer.

VISÃO DO MERCADO

Em uma manhã de perdas para o Ibovespa, as ações da começaram a sessão entre as maiores altas do índice, repercutindo os resultados da empresa no segundo trimestre de 2023, mas depois zeraram os ganhos, em um dia de volatilidade para os ativos. Às 10h39 (horário de Brasília) desta quinta-feira (27), os papéis da companhia aérea avançavam 1,65%, a R$ 10,46; já às 11h, os papéis caíam 0,10%, a R$ 10,28.

Entre abril e junho deste ano, a Gol conseguiu reverter um prejuízo bilionário registrado um ano antes. A companhia lucro líquido de R$ 556,3 milhões. No segundo trimestre de 2022, a cifra tinha ficado negativa em R$ 2,968 bilhões.

Conforme o esperado pelos analistas, o balanço da Gol foi em parte beneficiado pela desvalorização do dólar e uma queda no preço dos combustíveis, o que responde a 40% dos custos da companhia. Assim, a companhia conseguiu reduzir suas despesas em relação a um antes e sua receita por assento cresceu.

Os números ficaram acima do consenso do mercado em um período sazonalmente mais fraco para as aéreas, por ser uma época em que a demanda de viagens a lazer diminui.

BB Investimentos

A Gol apresentou resultados positivos no segundo trimestre de 2023, comenta o BB Investimentos em relatório. O banco destaca mais um trimestre de recuperação de margens operacionais, com Ebitda de R$ 947 milhões, alta de 115% em relação ao mesmo período de 2022.

“A Gol se beneficia da demanda aquecida por voos no Brasil ao longo de 2023 que, combinada a maior estabilidade nas cotações de petróleo e câmbio, preservarão as margens operacionais no ano”, comenta o analista Renato Hallgren.

Segundo ele, as viagens corporativas, que oferecem maiores yields, devem se manter aquecidas nos próximos trimestres. “A estabilização cambial contribui também na demanda por viagens internacionais, que combinada aos voos corporativos contribuirão para a recuperação de rentabilidade da Gol em 2023 e 2024”, afirma.

A receita de passageiros foi de R$ 4,1 bilhões , alta anual de 27,9%. Foram transportados mais de 7 milhões de passageiros no segundo trimestre, alta de 19,9% em relação ao mesmo período do ano passado. O banco destaca ainda o crescimento de 5,9% ante o ano anterior na utilização de aeronaves.

Considerando a continuidade do cenário de demanda aquecida por voos domésticos e internacionais e após a reestruturação de passivos, o banco segue otimista com a recuperação de margens operacionais e rentabilidade em 2023 e 2024.

O BB Investimentos mantém a recomendação de compra para os papéis da companhia, com preço-alvo de R$ 19 por ação para o final de 2023.

BTG Pactual

Os resultados de segundo trimestre da Gol não apresentaram surpresa quanto à prévia que a companhia área havia divulgado há algumas semanas e confirma a sua recuperação operacional gradual, diz o BTG Pactual.

Os analistas Lucas Marquiori e Fernanda Recchia escrevem que o Ebitda de R$ 947 milhões superou estimativas em 6%, resultando em expansão de margens, apoiado em menores custos operacionais e com combustíveis.

O efeito positivo é que a alavancagem da Gol caiu de 7,9 vezes a dívida líquida sobre o Ebitda ao fim de março para 6,7 vezes agora. Operacionalmente, os números vieram mais fracos, o que já era esperado, pela sazonalidade.

O banco reitera que as perspectivas de curto prazo para a Gol são positivas agora que a companhia conseguiu ganhar liquidez ao reestruturar dívidas e deve ter um cenário de custos mais amigável no segundo semestre.

O BTG Pactual tem recomendação neutra para Gol, com preço-alvo em R$ 10.

Goldman Sachs

O Goldman Sachs destacou a forte receita por assento (RASK), que avançou 12% ano a ano, enquanto os custos (CASK) recuaram 8% na mesma base de comparação. Mas o banco voltou a dizer que prefere estar exposto a companhias aéreas com balanços sólidos, diante de um cenário macroeconômico ainda incerto, e com capacidade de fazer preço em mercados mais saudáveis.

De acordo com os analistas, ao revisar o guidance para 2023, a Gol pode estar contando um ligeiro repasse da redução do preço dos combustíveis nas tarifas.

O Goldman Sachs tem avaliação neutra tanto para a ação da Gol negociada na B3 quanto para os seus ADR’s, os ativos da companhia negociados na Bolsa de Nova York. Para GOLL4, o preço-alvo é de R$ 13,50 e para o ADR, de US$ 5,65. O banco tem preferência por Copa Airlines e Latam em sua cobertura.

O lucro antes de juros e impostos (Ebit, na sigla em inglês) da Gol foi de R$ 537 milhões, acima da estimativa do JP Morgan, de R$ 436 milhões. A margem de 13% da aérea também superou a projeção de 10,7% do banco. Além disso, a receita por assento (RASK) veio maior que a prevista pela casa, enquanto o custo (CASK) ficou abaixo das estimativas.

Os analistas da casa afirmam que a gestão de riscos da companhia deve se manter no foco dos investidores.

Citi

Os resultados de segundo trimestre da Gol foram bastante positivos, eliminando qualquer dúvida sobre a sustentabilidade da sua retomada operacional, diz o Citi.

Os analistas Stephen Trent, Filipe Nielsen e Jay Singh escrevem que o lucro por ação de R$ 1,33 foi impulsionado por itens não recorrentes, mas o Ebitda recorrente de R$ 947 milhões superou estimativas em 10,8% com menores custos e despesas.

O banco nota que as novas estimativas da companhia mostram uma redução na capacidade, mas sem efeito na receita e com margens maiores, mostrando os efeitos de menores preços de combustíveis e maiores preços das passagens.

O Citi tem recomendação de compra para Gol, com preço-alvo em US$ 7,75 para os recibos de ação (ADRs) negociados na Bolsa de Nova York (Nyse), 76% acima do valor de fechamento de ontem.

Itaú BBA

Os resultados da Gol no segundo trimestre ficaram acima das estimativas do Itaú BBA, comenta o banco em relatório, com números consistentes de tráfego combinados com yields atraentes e custos de combustível em queda.

O Ebitda recorrente de R$ 947 milhões superou as estimativas do mercado em 9%. Além disso, a dinâmica cambial positiva ajudou a alavancagem (relação da dívida líquida sobre Ebitda) a melhorar para 6,7 vezes no trimestre, abaixo de 7,9 vezes no primeiro trimestre de 2023.

A empresa revisou para cima suas projeções para o ano, agora esperando um Ebitda de 3% maior sustentado pela melhoria da rentabilidade. “Notamos que as notas sênior garantidas (SSNs) de propriedade da Abra aumentaram US$ 100 milhões no trimestre, para US$ 1,2 bilhão”, dizem os analistas Gabriel Rezende, Daniel Gasparete e Luiz Capistrano.

Dada a falta de clareza sobre os termos de conversão de ações vinculados aos SSNs e o potencial efeito diluidor que eles poderiam ter para os acionistas minoritários, o banco mantém a visão mais conservadora sobre a Gol.

Com isso, o Itaú BBA reitera a recomendação neutra para as ações da Gol, com preço-alvo de R$ 9,00 por ação.

JPMorgan

Os resultados da Gol no segundo trimestre de 2023 superaram todas as projeções do JP Morgan. Mas, após a divulgação do balanço, o banco manteve sua avaliação underweight, exposição abaixo da média do mercado, ou equivalente à venda, para o papel GOLL4, por calcular que o ativo está sendo negociado a múltiplos superiores à média de seus pares na América Latina.

Os analistas da casa afirmam que a gestão de riscos da companhia deve se manter no foco dos investidores. O preço-alvo do JP Morgan para a ação da Gol é de R$ 12,50.

Órama

O desempenho da Gol foi muito bom no segundo trimestre, com crescimento bastante substancial na receita, de 28%, puxada tanto por aumento de volume quanto de preços, de acordo com a Órama Investimentos. Em relatório, a casa chama a atenção para a alta de yield (o preço pago pelo passageiro para voar um km) na casa de 9%, bem acima da inflação.

Segundo o chefe de análise de ações Phil Soares, a Gol conseguiu manter custos e despesas razoavelmente controlados, com 5% de alta, não muito longe da inflação e bem abaixo do que foi o reajuste de preços. Em termos operacionais, o desempenho foi muito bom, com lucro antes de juros e impostos de R$ 540 milhões, diz.

O lucro líquido, por sua vez, refletiu a variação cambial e monetária, positiva em R$ 960 milhões, impactando o resultado financeiro, segundo Soares. No entanto, afirma, trata-se de uma marcação a mercado não recorrente, na medida em que a oscilação da dívida é constante, e o resultado final ajustado seria um prejuízo na casa de R$ 200 milhões.

Ainda assim, o resultado está muito melhor do que o histórico, é um prejuízo sob controle, e a companhia está no caminho certo, diz.

Para Soares, o mercado está aquecido, voltando com força após a pandemia, impulsionado pelo turismo, enquanto o consumo de viagens corporativo deve permanecer fraco, sem voltar aos patamares anteriores. A Órama não tem recomendação para as ações da Gol.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Reuters

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