Os contratos futuros de minério de ferro se recuperaram nesta quinta-feira em meio a conversas no mercado sobre mais apoio ao setor imobiliário da China, embora preocupações com excesso de oferta e demanda fraca tenham limitado os ganhos.
O minério de ferro mais negociado para setembro na Dalian Commodity Exchange da China encerrou as negociações diurnas com alta de 1,7%, a 849,5 iuanes (118,25 dólares) por tonelada, quebrando uma sequência de três dias de perdas.
Na Bolsa de Cingapura, o contrato de referência do minério de ferro para agosto subiu 2,1%, para 114,7 dólares por tonelada.
“Os otimistas agora estão apostando suas fichas em rumores de que os reguladores estão considerando planos para aliviar as restrições às hipotecas a fim de reiniciar o motor de crescimento da economia”, disse Atilla Widnell, diretor-gerente da Navigate Commodities.
“Dito isso, as autoridades estão esquecendo o quão danificada e quebrada está a confiança do consumidor após anos de restrições da política zero-Covid e projetos imobiliários atrasados”, acrescentou Widnell.
Do lado da oferta, os estoques de minério de ferro transoceânico aumentaram cerca de 3,4% ao ano nas primeiras 28 semanas de 2023, de acordo com dados de rastreamento de navios, elevando as preocupações com o excesso de oferta na China e no mundo e pressionando os preços para baixo, disse o Commonwealth Bank of Australia.
Qualquer pacote de estímulo provavelmente será limitado devido às preocupações com os altos níveis de dívida do governo local, impondo desafios à demanda por aço até o segundo semestre de 2023, acrescentou o banco.
Na quarta-feira, a Rio Tinto sinalizou preocupações sobre uma desaceleração econômica global ao relatar uma série de problemas de produção em todas as operações, mas disse que sua produção de minério de ferro deve ficar no limite superior de suas expectativas para o ano.
Produção de cobre da BHP sobe 9% no 2T23 para 476,2 mil toneladas
A BHP divulgou seu relatório de produção do segundo trimestre de 2023 ontem (19), no final do dia, no qual informa que a produção de cobre subiu 9% no período, em comparação com 2022, e ficou em 476,3 mil toneladas.
A mina de cobre de Escondida, no Chile, a maior da empresa, ficou em 293 mil toneladas, 1% maior no segundo trimestre de 2023 em comparação com o mesmo período do ano anterior.
A previsão de produção para todo o ano fiscal de 2024 na mina chilena ficará entre 1,08 e 1,18 milhão de toneladas, que significa entre 2% e 12% maiores que em 2023.
Já a produção de minério de ferro foi de 65,3 milhões de toneladas no segundo trimestre de 2023, 2% a mais que no ano anterior. O carvão metalúrgico teve produção de 8,5 milhões de toneladas, 4% a mais que em 2022, e a de níquel, em 22 mil toneladas, 17% a mais que no mesmo período do ano anterior.
Produção de minério da Anglo American aumenta 11% no 2T23
A Anglo American informou nesta quinta-feira que sua produção geral de minério cresceu 11% no segundo trimestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Segundo o relatório da companhia, a mina de cobre de Quellaveco, no Peru, funciona agora a plena capacidade, e a produção do metal subiu 56%; por outro lado, a produção das minas chilenas de cobre tiveram queda de 2%.
A mineradora produziu, no total, 209 mil toneladas de cobre no trimestre até junho, e registrou um salto de 28% na produção de carvão siderúrgico, totalizando 3,4 milhões de toneladas.
Já a produção de níquel teve queda de 4% no segundo trimestre de 2023, que ficou em 9,9 mil toneladas; a de minério de ferro ficou em 15,6 milhões de toneladas, 9% a mais que em 2022, e a de manganês, que ficou em 970 mil toneladas, 1% menor em 2023 em relação a 2022.
A previsão de produção para 2023 está entre 840 e 930 mil toneladas de cobre; a de níquel, de 38 a 40 mil toneladas; a de minério de ferro, entre 57 e 61 milhões de toneladas, e a de carvão siderúrgico, 16 a 19 milhões de toneladas.