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Usiminas (USIM5): lucro líquido de R$ 287 milhões no 2T23, baixa de 73%

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A Usiminas registrou baixa de 73% no lucro líquido no segundo trimestre de 2023 em relação a igual período do ano passado, saindo de R$ 1,060 bilhão para R$ 287 milhões, principalmente em razão do resultado operacional inferior ao registrado no 2T22.

O consenso Refinitiv apontava para um lucro líquido de R$ 265,5 milhões.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 366 milhões, queda anual de 81% e abaixo dos R$ 576 milhões previstos pelo consenso Refinitiv. Isso levou a uma queda da margem Ebitda ajustada de 17 p.p. (pontos percentuais), para 5%.

O desempenho foi afetado em parte por queda no volume vendido, preços menores de aço e custos e despesas maiores diante da grande reforma do alto fornos 3 na usina de Ipatinga (MG), que paralisou o equipamento no início do trimestre. As vendas de aço em volume caíram 11% na comparação anual e 6% na trimestral.

A receita líquida somou R$ 6,887 bilhões no segundo trimestre deste ano, um recuo de 19% na comparação com igual etapa de 2022 e levemente abaixo dos R$ 6,92 bilhões previstos pelo consenso Refinitiv.

O lucro bruto atingiu a cifra de R$ 582,4 milhões no segundo trimestre de 2023, um recuo de 73% na comparação com igual etapa de 2022. A margem bruta foi de 8,5% no 2T23, baixa de 17,2 p.p. frente a margem do 2T22.

As despesas gerais e administrativas somaram R$ 148 milhões no 2T23, um crescimento de 6,2% em relação ao trimestre anterior.

O resultado financeiro líquido foi positivo em R$ 205 milhões no segundo trimestre de 2023, revertendo perdas financeiras de R$ 248,1 milhões da mesma etapa de 2022.

A Usiminas investiu u R$ 879 milhões, 51,4% superior ao 1T23 (R$ 580 milhões), sendo 92,2% na Unidade de Siderurgia, 7,0% na Unidade de Mineração, e 0,9% na Unidade de Transformação.

Em 30 de junho de 2023, a dívida líquida da companhia era de R$ 965 milhões, um crescimento de 112% na comparação com a mesma etapa de 2022.

O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 0,38 vez em junho/23, alta de 0,33 pp em relação ao mesmo período de 2022.

A siderúrgica ainda atualizou suas projeções acerca dos volumes de vendas de aço da Unidade de Siderurgia para o 3º trimestre de 2023 (3T23) para 900 mil a 1 milhão de toneladas.

Os resultados do Usiminas  (BOV:USIM3) (BOV:USIM5) (BOV:USIM6) referentes às suas operações do segundo trimestre de 2023 foram divulgados no dia 28/07/2023.

Teleconferência

Em sua primeira teleconferência de resultados como novo CEO da Usiminas (USIM5), Marcelo Chara manifestou preocupações com a demanda enfraquecida, taxa de juros elevada e importações de produtos de aço acabados.

A empresa apresentou no segundo trimestre faturamento impactado pela queda de preços tanto na divisão de mineração quanto de siderurgia (na comparação com o primeiro trimestre deste ano), o que consequentemente contribui para a queda do Ebtida no mesmo período.

“Há uma demanda enfraquecida. Estamos vendo com preocupação alguns fatores, como elevada taxa de juros e a importação de produtos acabados, que incrementou sensivelmente”, disse Chara, a analistas e investidores nesta sexta-feira (28).

O executivo foi indicado ao cargo pela Ternium, que assumiu o controle da companhia após adquirir a participação da Nippon Steel na empresa.

  • Reforma do alto-forno 3

Em meio ao mercado instável, a Usiminas está às voltas com a reforma do principal alto-forno da usina de Ipatinga (MG), um estrutura que possui a altura de um prédio de 30 andares, envolve 9 mil trabalhadores temporários no pico da obra, com o custo total de R$ 2,7 bilhões.

“Estamos executando a reforma que está em pleno andamento, de uma complexidade significativa”, disse o CEO. “Estamos avançando. Já foram trocados o corpo completo (da estrutura)”, acrescentou.

“Completada a reforma, ela trará uma configuração produtiva competitiva e eficiência. Está alinhada à nossa agenda de descarbonização, já que terá uma condição que vai permitir a redução da emissão de combustível”, destacou o executivo, ressaltando tratar-se de uma reforma que será uma das mais modernas da indústria e trará eficiência operacional à siderúrgica.

A entrega do alto-forno estava prevista para final de agosto (abril foi o início da reforma), mas passou para setembro. Segundo Thiago Rodrigues, CFO da Usiminas, a mudança “não terá impacto relevante à companhia”.

  • Usiminas vê melhora em 2024

Já com relação ao período de rump up (entre o início de operação e produção plena), a Usiminas preferiu dizer que poderá levar de semanas a meses, sem precisar um prazo.

“Estamos focados no avanço da eficiência operacional de nossos processos industriais com foco na excelência, preservação do meio ambiente e segurança. Temos expectativa de melhora para 2024”, comentou Marcelo Chara.

Miguel Holmes, vice-presidente Comercial da Usiminas, disse que os preços do aço têm se mantido constante no mercado interno, apesar da pressão das altas importações.

“A gente está tendo no mercado uma forte pressão de preços, as margens estão comprimidas, mas se enxerga os preços relativamente estáveis”, disse o executivo.

VISÃO DO MERCADO

A Usiminas divulgou nesta manhã de sexta-feira seus resultados referentes ao segundo trimestre de 2023 (2T23), no qual registrou lucro líquido de R$ 287 milhões, uma baixa de 73% em relação a igual período do ano passado, ainda que ligeiramente acima dos R$ 265,5 milhões previstos pelo consenso Refinitiv.

Os números no geral, contudo, não agradaram o mercado. Às 10h40 (horário de Brasília), os ativos caíam 5,21%, a R$ 7,10, na sessão de hoje, também em uma sessão de baixa para o minério.

Bradesco BBI e Itaú BBA

O Bradesco BBI apontou que já se esperavam resultados fracos, mas que eles vieram ainda piores do que o esperado.

O BBI e o Itaú BBA destacam que o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de R$ 366 milhões da Usiminas no 2T23 veio 20% abaixo de suas estimativas, com queda de 54% frente o 1T23 e de 81% ante o 2T22.

Isso principalmente por custos de aço acima do esperado e volumes de aço um pouco abaixo do esperado no mercado doméstico. Além disso, os resultados do processamento de aço também decepcionaram, enquanto a mineração ficou em linha. O declínio nos volumes domésticos foi de 3% no trimestre.

Na divisão de mineração, a realização mais fraca do preço do minério de ferro e os custos mais altos mais do que compensaram os embarques mais altos.

O BBI aponta ainda a geração negativa de fluxo de caixa livre no 2º trimestre de cerca de R$ 320 milhões, impactada pelo alto capex de R$879 milhões, parcialmente compensada por um impacto positivo de capital de giro de R$401 milhões devido a uma redução nos estoques de placas (agora em 332 mil toneladas ante 450 mil toneladas no primeiro trimestre ) e em contas a receber.

A dívida líquida subiu para cerca de R$ 965 milhões no trimestre (R$ 5,9 bilhões de dívida bruta, R$ 4,89 bilhões caixa), contra uma posição de dívida líquida de R$ 284 milhões no primeiro trimestre, mas com uma relação dívida líquida/Ebitda ainda em um confortável ​​0,38 vez.

“O conjunto de números foi muito fracos (..), puxado principalmente por um desempenho ruim da divisão de aço. (…) A previsão de embarques de aço para o 3º trimestre é particularmente desinteressante, com o ponto médio do guidance implicando em uma queda sequencial de 2%, provavelmente explicada pela fraqueza persistente do mercado doméstico”, aponta o BBI.

O banco mantém recomendação neutra para a Usiminas, com preço-alvo de R$ 8,30, já que o ímpeto dos lucros deve permanecer negativo, com pressões contínuas de custos, volumes estáveis/baixos e preços domésticos de aço provavelmente mais baixos, já que o aço doméstico negocia atualmente com um amplo prêmio de 30% sobre as importações.

O BBA, por sua vez, reitera avaliação underperform (desempenho abaixo da média do mercado, equivalente à venda) para ações da Usiminas e preço-alvo de R$ 7.

JPMorgan

Para JPMorgan, o trimestre foi marcado por uma pequena deterioração nos negócios de aço (volumes em queda em relação ao trimestre anterior), pressões de custos associadas à relaminação do seu Alto-Forno e uma combinação de preços mais baixos e custos mais altos na divisão de mineração.

O Ebitda ajustado de R$ 366 milhões da siderúrgica ficou substancialmente abaixo das expectativas do JPMorgan (41,4%) e do consenso (35,0%).

JPMorgan tem recomendação neutra com preço-alvo de R$ 7,50.

Morgan Stanley

O Ebitda ajustado da Usiminas também ficou aquém das expectativas do Morgan Stanley, que também ressalta os custos mais altos do que o esperado, apesar das receitas mais altas.

Já o lucro por ação de R$ 0,21 ficou acima do consenso do consenso de mercado de R$ 0,20 e da estimativa de R$ 0,16 do Morgan, impulsionado por maior receita financeira líquida (incluindo resultados cambiais e monetários mais altos) e menor despesa tributária (taxa de imposto efetiva de 17% contra projeção de 24%).

Com relação ao guidance, os números da Usiminas também vieram abaixo da expectativa do Morgan Stanley e do consenso de mercado, que, esperavam volume de vendas de, respectivamente, 1,047 milhão de toneladas e 1,038 milhão de tonelada. A Usiminas afirmou que espera vendas de 900 mil a 1 milhão de toneladas no terceiro trimestre.

Morgan Stanley tem recomendação neutra com preços-alvo de R$ 8,50…

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Reuters

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