Meio-Dia Mercado: Ibovespa rompe patamar de 154 mil pontos em dia de resultados da Petrobras e Selic a 15%

(06/11/2025): O índice Ibovespa operava em alta de 0,49%, na casa dos 154 mil pontos.

O índice avançava, rompendo os 154 mil pontos pela primeira vez e caminha para a 12ª alta seguida que, se confirmada, significará a maior sequência desde a série registrada entre maio e junho de 1994, com 15 altas.

Balanços: em mais um dia de resultados corporativos para repercutir e com uma agenda carregada também no final do dia, que inclui Petrobras.

A petroleira deve reportar um lucro líquido de R$ 19,6 bilhões no terceiro trimestre de 2025, conforme as estimativas consolidadas pela Bloomberg, em uma baixa em relação aos R$ 32,6 bilhões do mesmo período do ano passado.

O consenso de mercado também aponta para uma receita líquida de R$ 118,6 bilhões e um Ebitda de R$ 57,4 bilhões no período. Para analistas, o resultado é visto como “sólido”.

Para os dividendos, o mercado projeta fluxo de caixa livre (FCF) de US$ 4,8 bilhões, o que, segundo a fórmula de dividendos da Petrobras, implica um pagamento de US$ 2,2 bilhões, equivalente a um rendimento de 2,9%.

Selic: os investidores repercutem a decisão do Banco Central, que manteve a Selic em 15% ao ano, no maior nível da taxa básica de juros desde meados de 2006, sem sinalizar possíveis cortes à frente, em decisão unânime de seus dirigentes, e reiterou a necessidade de juros em patamar “significativamente contracionista” por um “período bastante prolongado”.

O dólar operava em baixa de 0,37%, cotado a R$ 5,34.

Nos Estados Unidos, as bolsas operavam em baixa, Dow Jones: -0,33%, S&P 500: -0,31%, Nasdaq: -0,34%.

Os investidores estão cautelosos acompanhando o mercado de Inteligência Artificial, cujas empresas atingiram avaliações acima, e a Suprema Corte, que ouviu os argumentos sobre a legalidade das tarifas impostas pelo governo de Donald Trump. “Ainda estamos no início do superciclo da IA”, disse à CNBC Shirl Penney, da Dynasty Financial Partners. “Haverá investimentos significativos contínuos, não apenas por parte de algumas das Sete Magníficas, mas também por grandes empresas financeiras como Schwab, JPMorgan e outras”.

Inglaterra: o Banco da Inglaterra manteve nesta quinta-feira sua taxa básica de juros em 4,0% ao ano, mas a decisão foi apertada, com 5 votos a 4, o que indica a possibilidade de corte à frente. Com isso, a libra subia ante o dólar. O euro e o iene também avançavam.

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