A Berkshire Hathaway (NYSE:BRK.A) anunciou neste sábado (5) seu maior lucro operacional trimestral, impulsionado pelos ganhos com ações, levando o conglomerado liderado pelo bilionário Warren Buffett a atingir um lucro total de quase 36 bilhões de dólares.

A Berkshire Hathaway também é negociada na B3 através do ticker (BOV:BERK34).

As taxas de juros mais altas e um desempenho aprimorado na seguradora de automóveis Geico impulsionaram os negócios de seguros da Berkshire no segundo trimestre, com um aumento de 38% no lucro, e juros e outras receitas de investimentos crescendo seis vezes.

No entanto, o aumento das taxas de juros tornou as compras e reformas de casas mais caras, afetando negativamente os resultados da Clayton Homes da Berkshire e dos negócios de produtos de construção, além da venda de RVs da unidade Forest River, que sofreu uma queda de 34% na receita.

Outro desafio foi enfrentado na ferrovia BNSF, um dos maiores negócios da Berkshire, que registrou uma queda de 24% nos lucros, atribuída a menores remessas de bens de consumo, concorrência com caminhoneiros e aumento de salários dos funcionários.

A empresa também mostrou cautela em relação aos altos preços das ações, resultando em vendas significativas de ações durante o segundo trimestre e mantendo uma quantidade considerável em caixa, quase atingindo um recorde de US$ 147,4 bilhões.

Jim Shanahan, analista da Edward Jones, comentou que as taxas de juros e as avaliações das ações estão impactando os lucros, equilibrando a fraqueza econômica causada pelas mesmas taxas. Ele também mencionou que as oportunidades de investimento atraentes são escassas.

Os investidores acompanham de perto a Berkshire devido à reputação de Warren Buffett e porque os resultados das unidades operacionais muitas vezes refletem tendências econômicas mais amplas. As unidades incluem a empresa de energia homônima da Berkshire, várias empresas industriais e marcas conhecidas.

Apesar do lucro trimestral recorde, alguns analistas expressaram preocupações com o crescimento orgânico menos robusto e a necessidade de posicionar a empresa para um crescimento forte sem depender de aquisições frequentes.