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Boeing afirma que o Brasil será o pioneiro global em combustíveis sustentáveis para aviação

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O Brasil possui grande potencial para ser um líder mundial em combustível de aviação sustentável (SAF), conforme destacado por um alto executivo da Boeing (NYSE:BA) em 8 de agosto de 2023. Isso se dá à medida que a indústria busca atender à meta de zero emissões líquidas de carbono até 2050, estabelecida pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA).

A Boeing também é negociada na B3 através do ticker (BOV:BOEI34).

A concretização dessa meta vai depender, em grande escala, da expansão e aprimoramento da produção de SAF, elaborado a partir de fontes renováveis, como óleos vegetais e resíduos.

Já reconhecido como um proeminente produtor agrícola e líder em biocombustíveis como etanol e biodiesel, o Brasil apresenta capacidade técnica, profissionais capacitados e insumos para liderar a iniciativa de descarbonização da aviação, conforme comentado por Landon Loomis, representante da Boeing para América Latina e Caribe, durante um evento em São Paulo.

Embora a inovação tecnológica seja crucial para reduzir as emissões, o setor tem focado em combustíveis compatíveis com os atuais motores a jato, como o SAF à base de materiais orgânicos e alternativas sintéticas.

Porém, assegurar uma produção adequada de SAF é o principal obstáculo na trajetória da indústria para atingir a neutralidade de carbono, especialmente considerando seus altos custos e a produção que ainda cresce lentamente.

IATA projeta que o SAF contribuirá com 65% dos esforços da indústria para neutralizar as emissões até 2050. Contudo, Akbar Al Baker, CEO da Qatar Airways, expressou dúvidas sobre a capacidade do setor em cumprir tal objetivo devido à oferta limitada de SAF.

Em paralelo, a companhia aérea Gol (BOV:GOLL4), enfatiza a urgência na questão do fornecimento de SAF. Eduardo Calderon, da Gol, enfatizou a necessidade de iniciar prontamente os esforços nesse sentido, citando os custos atualmente elevados do SAF em relação aos combustíveis convencionais e a necessidade de não ficar para trás na corrida global para reduzir emissões.

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