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Cemig (CMIG4): lucro líquido de R$ 1,245 bilhão no 2T23, alta de 2.396,96%

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A Cemig reportou lucro líquido de R$ 1,245 bilhão no segundo trimestre deste ano, alta de 2.396,96% em relação ao mesmo período de 2022, quando a empresa havia reportado lucro de R$ 49,876 milhões. No acumulado de 2023 até junho, o lucro líquido avançou 75,60%, totalizando R$ 2,643 bilhões.

Esse resultado foi influenciado, principalmente, por crescimento no resultado de comercialização, em virtude de uma estratégia diferenciada, maior margem e maior volume (+4,3%) de energia comercializada pela Cemig GT/Holding, aumento de 0,7% na energia distribuída pela Cemig D e melhor resultado de perdas de energia em relação ao patamar regulatório, crescimento no lucro da Gasmig de 96% frente ao 2T22, por maior volume contratado e maior margem, menor resultado de equivalência patrimonial, afetado pela reversão, no 2T22, de provisão no montante de R$ 170,9 milhões referente às obrigações assumidas perante a investida MESA (usina Santo Antônio) em acordos de suportes e garantias, além da redução no resultado da TAESA, influenciado pela queda da receita de correção monetária do ativo contratual (motivada pelos menores índices macroeconômicos, em especial, o IGP-M que apresentou deflação no 2T22), efeito positivo (combinado) da dívida em dólar e instrumentos de hedge de R$ 31,3 milhões no 2T23, enquanto o resultado do 2T22 foi negativo em R$ 294,1 milhões.

receita líquida avançou 7,38% para R$ 8,819 bilhões. No semestre, a empresa registrou receita de R$ 17,466 bilhões alta 8,75%.

A receita de transmissão caiu 36,8%, em função, principalmente, da redução de 47,5% (-R$97,1 milhões) da remuneração financeira do ativo de contrato da transmissão, em decorrência da variação do IPCA que foi de +0,76% no 2T23 comparada a +2,2% no 2T22, base para a remuneração do contrato; da menor receita de construção (-R$31,1 milhões), em função da menor realização de investimentos em reforços e melhorias no período; e da redução de 24,3% na receita de operação e manutenção.

ebtida – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – ajustado pela exclusão de itens não recorrentes, aumentou 3,82% em base anual de comparação, para R$ 1,878 bilhão, enquanto a margem Ebitda passou de 22,03% para 21,30%, redução 0,73 ponto porcentual (p.p.).

O resultado financeiro consolidado no 2T23 foi positivo em R$ 39,8 milhões e negativo em R$ 870,9 milhões no mesmo período de 2022.

Esse comportamento decorre, principalmente, dos seguintes fatores:

  • Atualização financeira de PIS/Pasep e Cofins a serem restituídos a consumidores, sendo R$ 79,4 milhões no 2T23 e R$ 356,2 milhões no mesmo período de 2022. Essa variação decorre do complemento, no 2T22, da atualização monetária do passivo relativo à parcela dos créditos tributários correspondentes ao período dos últimos 10 anos, em cumprimento à determinação legal de destinação integral pelas distribuidoras, em proveito dos consumidores.
  • Variação negativa de 7,6% do dólar em relação ao Real no 2T23, em comparação à variação positiva de 10,6% no 2T22, gerando o registro de receita de R$ 197,5 milhões e despesas de R$ 500,2 milhões no 2T23/2T22, respectivamente;
  • Valor justo do instrumento financeiro contratado para proteção dos riscos vinculados aos Eurobonds apresentou variação negativa no 2T23, no montante de R$ 150 milhões, em comparação ao reconhecimento de ganho de R$ 54,6 milhões no 2T22, decorrentes basicamente do aumento na curva de juros em relação a expectativa de crescimento na taxa do dólar em relação ao Real.

A receita bruta com energia vendida a consumidores finais foi de R$ 6.576,7 milhões no 2T23 comparado a R$ 6.947,7 milhões no mesmo período de 2022, representando uma redução de 5,3%, apesar do aumento de 1,3% no volume. A redução é explicada, principalmente, pela redução de alíquota de ICMS, que foi limitada a 18% a partir do segundo semestre de 2022, devido a aplicação da lei 194/2022.

Os custos e despesas operacionais foram de R$ 7,13 bilhões no 2T23 e de R$ 8,48 bilhões no 2T22, em função, principalmente, Esta variação decorre, principalmente, da constituição de provisão operacional de R$1,4 bi, no 2T22, decorrente dos efeitos contábeis da promulgação da Lei nº 14.385/22.

A despesa consolidada com energia elétrica comprada para revenda foi de R$ 3,47 bilhões no 2T23, um aumento de R$ 22,4 milhões (0,7%) em relação ao 2T22.

Esta variação decorre, principalmente, dos seguintes fatores: aumento de R$ 152,3 milhões (18,4%) nas despesas com energia adquirida no ambiente regulado em relação ao 2T22. Esse aumento é reflexo dos reajustes contratuais anuais, atrelados ao IPCA, e da entrada de novo leilão, aumento de 4,0% nas despesas com geração distribuída, decorrente do aumento do número de instalações geradoras e do aumento na quantidade de energia injetada (1.101 GWh no 2T23 e 714 GWh no 2T22); redução de 24,2% nas despesas com energia elétrica de Itaipu, justificada, principalmente, pela redução no preço da demanda de Itaipu de U$24,73/KW para U$16,19/KW; os custos com energia adquirida no ambiente livre, que representam o maior custo de compra de energia, foram de R$ 1,26 bilhão e redução R$ 36,9 milhões apesar do maior volume de energia comprada para revenda.

O investimento total realizado foi de R$ 1,7 bilhão no primeiro semestre de 2023, um crescimento de 42,9% em relação ao 1S22. O realizado no 2T23 foi R$ 960 milhões.

As obras das usinas solares de Boa Esperança e Jusante estão em pleno andamento, com R$ 360 milhões já empenhados (investimento e adiantamento a fornecedores), reforçando a intenção de crescimento em renováveis.

O projeto Centro-Oeste da Gasmig tem Capex previsto de R$ 780 milhões, sendo R$73 milhões realizado até junho de 2023, de R$ 367 milhões projetados até dezembro de 2023 (R$ 220 milhões já estão contratados).

A execução do maior programa de investimento da história garante modernização e confiabilidade do sistema elétrico da CEMIG, estando em linha com o planejamento estratégico de focar em Minas e nos negócios estratégicos da Companhia e fornecer um serviço ainda melhor para o cliente

Operacional

A receita com energia vendida a consumidores finais no período de abril a junho totalizou R$ 7,528 bilhões ante R$ 7,844 bilhões no mesmo período de 2022, representando uma redução de 4,03%. No período, o fornecimento bruto de energia totalizou 15.672.965 megawatts-hora (MWh), alta de 2,89% em relação ao mesmo período do ano passado.

O preço médio faturado no trimestre foi de R$ 484,77 por MWh, redução de 6,09% em comparação com o registrado um ano antes.

No período, houve redução de 4,67% na quantidade de energia faturada para os consumidores da classe rural, devido principalmente à redução da quantidade de consumidores e à migração de clientes para sistemas de mini e microgeração distribuída (MMGD).

Na classe residencial, no entanto, houve alta de 6,36% no volume de energia faturada, mas a receita operacional para essa classe foi 7,06% menor no trimestre, devido à redução na alíquota do Impostos sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em 2022, que gerou diminuição na tarifa de energia.

Os resultados da Cemig (BOV:CMIG3) (BOV:CMIG4) referente suas operações do segundo trimestre de 2023 foram divulgados no dia 03/08/2023.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão

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