Petrobras sob pressão: petroleiros rejeitam proposta e aprovam estado de greve

Rejeição da contraproposta do ACT 2025 e estado de greve podem impactar o desempenho da Petrobras (PETR4); ação registra alta de 0,99% na B3

Os petroleiros rejeitaram nesta segunda-feira (10/11) a contraproposta de acordo coletivo de trabalho (ACT 2025) apresentada pela Petrobras (PETR4) e aprovaram estado de greve e assembleia permanente, informou a Federação Única dos Petroleiros (FUP). A decisão foi consolidada nas assembleias dos 14 sindicatos que compõem a federação.

O estado de greve permite que o movimento seja iniciado a qualquer momento, sem necessidade de novas assembleias. A FUP comunicou oficialmente a Petrobras e suas controladas, cobrando a retomada imediata das negociações, incluindo respostas sobre o Plano de Desligamento Voluntário (PDV) e mudanças nas jornadas de trabalho de médicos e odontologistas, criticadas por violarem o processo de negociação coletiva.

No pregão desta segunda-feira, a ação PETR4 fechou em R$32,50, alta de 0,99% em relação ao preço de abertura de R$32,30, oscilando entre R$28,86 e R$32,53. O movimento sinaliza cautela dos investidores diante da possibilidade de paralisações e de impacto operacional para a Petrobras (PETR4) e suas controladas.

A Petrobras (BOV:PETR4) é uma das maiores empresas do setor de energia e petróleo da América Latina, atuando em exploração, produção, refino e distribuição de combustíveis. Concorrentes incluem PetroRio (BOV:PRIO3) e Shell Brasil. A estatal também é conhecida por sua atuação estratégica na exportação de petróleo e derivados.

Investidores devem acompanhar de perto a evolução das negociações entre Petrobras e sindicatos, avaliando impactos em resultados e dividendos futuros.