Após o estresse da véspera com percepção de piora no risco fiscal do Brasil, que permanece no radar, os juros ainda não decidiram direção. Há pouco, com quedas de 1,5 pontos-base no miolo da curva, jan/24 a 12,375%, jan/25 a 10,470%, jan/27 a 10,195%, jan/29 a 10,680% e jan/31 em 10,970. Os rendimentos dos Treasuries caem antes da bateria de dados americanos das 9h30.

O índice dólar DXY retomou os 103 pontos (+0,34%, a 103,511), em dia de desvalorização do euro, e a divisa por aqui não tem direção única: cotação à vista sobe 0,14%, a R$ 4,8780, enquanto o futuro abriu em baixa e recua 0,29% (R$ 4,8879).

O Ibovespa futuro tem oscilação, mas sobe 0,24% (119.490 pontos) com exterior positivo e apoio de commodities. A taxa de desemprego no trimestre encerrado em julho ficou em 7,9%, informou o IBGE. No mesmo período de 2022, estava em 9,10%.

Pré-mercado em NY é misto após quatro sessões de ganhos, que amenizam perdas de agosto; foco é o PCE

O Dow Jones futuro é destaque de alta (+0,34%), o S&P 500 avança 0,11% e o Nasdaq (-0,02%) já caiu mais, flertando com realização após quatro sessões de ganhos.

Até aqui, os indicadores da semana dão suporte ao fim do ciclo de elevações de juros do Fed, e o desempenho das bolsas reduz as perdas de agosto, mas não deve impedir a primeira queda mensal de Nasdaq e S&P 500 desde fevereiro; o índice de tecnologia ainda acumula perda de mais de 2%, enquanto Dow e S&P caem cerca de 1%.

A maratona de dados prossegue às 9h30 com o PCE de julho e os pedidos de auxílio-desemprego na semana passada. O mais aguardado fica para amanhã: o Payroll de agosto.

Na madrugada, em evento de bancos centrais na África do Sul, o diretor do Fed Atlanta, Rafael Bostic (não vota no FOMC), disse que considera o atual nível de juros do Fed suficientemente restritivo. Os rendimentos dos Treasuries (10 anos em 4,094%, 2 anos em 4,861%) rondam as mínimas em três semanas.