O pré-mercado de Nova York está cauteloso antes do relatório Jolts de vagas a preencher nos EUA em julho; o primeiro dado de emprego da semana pode dar a direção dos juros também por aqui.
O Ibovespa futuro (+0,35%, a 119,460 pontos) segue a festa dos mercados da Ásia e da Europa com notícias de que mais estímulos na China estão a caminho e serão mais amplos que as medidas de apoio ao mercado de capitais.
Sem direção única, a curva DI olha o dólar e os rendimentos dos Treasuries em alta rápida (10 anos a 4,228%, subindo 1,6 ponto-base; 2 anos a 5,033%, +2,3 pbs), como o índice dólar DXY (+0,22%, a 104,295 pontos).
O dólar subia ante o real nos primeiros negócios desta terça-feira, enquanto as taxas de contratos dos juros futuros operam sem direção definida, à espera de dados de atividade econômica nos Estados Unidos nesta manhã, que podem ajudar a balizar a condução da política monetária americana pelo Federal Reserve.
Por volta das 9h40, o dólar à vista subia 0,32%, a R$4,8899, enquanto o dólar futuro tinha alta de 0,36%, a R$4,895.
A moeda americana ganhava terreno diante da maior parte dos pares na sessão de hoje, cedendo para 3 de 22 divisas acompanhadas pela Mover. Em reflexo do fortalecimento do dólar no mundo, o índice DXY avançava 0,20%, aos 104.273 pontos, na máxima do dia.
Investidores operam com cautela em busca de segurança antes da divulgação dos preços dos imóveis dos EUA de julho, às 10h, e da oferta de empregos do país medido pela Jolts, também de julho, às 11h. Além disso, será divulgado o índice de confiança do consumidor da Conference Board, que tem consenso de 116 pontos em agosto.
Na cena local, os agentes financeiros seguem de olho nos desdobramentos do avanço da agenda econômica em Brasília. Ontem, o governo enviou ao Congresso uma medida provisória (MP) para tributar os fundos exclusivos, os chamados fundos dos “super-ricos”. No Senado, o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, pautou para amanhã a votação do projeto de lei (PL) do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).
Na agenda econômica local, o Tesouro publicará, a partir das 14h30, o relatório mensal da dívida pública de agosto, que dará novos sinais sobre a situação fiscal do país. Mais cedo, às 11h30, o Tesouro realiza o tradicional leilão de títulos pós-fixados, que não tem chamado a atenção do mercado, mas pode impactar a curva das taxas de juros futuros por aqui.
No horário acima, os DIs com vencimentos em jan/24 caíam 1,0 ponto-base, a 12,40%, enquanto com vencimento em jan/25 operam estáveis, a 10,52%. Já os vértices para jan/27 e jan/31 subiam 4,0 pbs e 5,0 pbs, respectivamente, a 10,25% e 11,00%.