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Magazine Luiza: S&P rebaixa nota de crédito nacional de brAA+ para brAA-

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O S&P Global rebaixou os ratings de crédito do Magazine Luiza de brAA+ para brAA- com perspectiva negativa, citando a alta alavancagem da varejista. As ações, por volta das 14h (horário de Brasília) desta quinta-feira (31) caíam cerca de 3,50%.

No relatório, assinado por Henrique Koch, a agência de rating expõe que no seu último balanço a Magazine Luiza deixou claro que não atingirá as métricas de crédito projetadas anteriormente pela casa.

“Apesar do crescimento de vendas e das medidas que vêm sendo tomadas pela empresa para recuperar a rentabilidade, o ambiente macroeconômico ainda desafiador para o setor de varejo, bem como o impacto da maior carga tributária nas margens, deverão atrasar a desalavancagem em mais um ano”, comenta a S&P Global.

A empresa registrou vendas totais de R$ 14,7 bilhões no segundo trimestre de 2023, 6% superior ao mesmo período do ano anterior, lideradas pelo marketplace, com vendas de R$ 4,2 bilhões e crescimento de 15% no período. Do outro lado, a agência destaca que a margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês), de 5,1%, foi fraca ao seu ver.

“Em nossa análise de crédito mais recente da empresa, projetamos para 2023 margem Ebitda em torno de 7,0% e dívida ajustada sobre Ebitda [múltiplo de alavancagem] abaixo de 4,5x. No entanto, a empresa apresentou margem de 5,4% e dívida ajustada sobre Ebitda em torno de 7,1x para os últimos 12 meses”, justifica.

Agora, o S&P Global vê o Magazine Luiza fechando 2023 com uma margem de 6% e com uma alavancagem de 6,5 vezes. Para 2024, a margem deve saltar para 7% e a alavancagem cair para 4,5x.

Apesar do recuo da projeção para a lucratividade, o time relembra que a empresa foi pressionada pelo aumento da carga tributária interestadual (Difal), com impacto de 3,2 pontos percentuais no primeiro trimestre e de 1,7 ponto no segundo. Fora isso, há também gastos extraordinários do Magazine Luiza com mudanças operacionais, principalmente no que tange a incorporação da sua subsidiária de logística.

“Nosso cenário-base considera que o Magazine Luiza seguirá crescendo como um dos mais importantes players do varejo brasileiro e apresentando melhora de margens nos próximos anos”, pontuam.

“Isso deve resultar de iniciativas importantes em curso para recuperar a rentabilidade, com destaque para o desenvolvimento de sua plataforma de marketplace e a ampliação da gama de serviços agregados oferecido”

Por fim, a S&P Global também alerta para o fato de a varejista ter R$ 2,8 bilhões em dívidas com vencimento nos próximos 12 meses, contra uma posição de caixa de R$ 2,5 bilhões.

“Não esperamos, entretanto, que a empresa tenha problemas para refinanciar ou pagar parte dos vencimentos de curto prazo, dado seu histórico no mercado de capitais e o bom relacionamento de longo prazo com as principais instituições financeiras, além da posição de cerca de R$ 5,7 bilhões em recebíveis que poderiam ser descontados”, fecha.

A perspectiva negativa, para a agência, indica uma chance em três de um rebaixamento dos ratings do Magazine Luiza e reflete os riscos da indústria do varejo discricionário brasileiro. Fatores como como a queda da renda disponível da população, taxas de juros ainda em patamares elevados e a alta competição podem continuar afetando os resultados da empresa e, consequentemente, a visão da casa sobre o Magazine Luiza.

Informações Infomoney

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