Ouro reduz perda mensal antes da impressão da inflação nos EUA

O ouro (CCOM:GOLD) se firmou perto das máximas de um mês nesta quinta-feira para limitar as perdas deste mês, já que as chances de outro aumento nas taxas de juros nos EUA foram reduzidas por dados no início desta semana que apontavam para uma desaceleração do mercado de trabalho, enquanto os traders mantêm os olhos abertos para a próxima leitura da inflação.

O ouro à vista (AMEX:GLD) subiu 0,1%, para US$ 1.944,74 por onça, às 1003 GMT, perto de sua máxima de 2 de agosto, de US$ 1.948,79, atingida na quarta-feira. Os contratos futuros de ouro nos EUA caíram 0,1%, para US$ 1.971,50.

A economia dos EUA cresceu a um ritmo ligeiramente menos acelerado do que o previsto no segundo trimestre, com o aumento das folhas de pagamento privadas a cair para metade em Agosto em relação a Julho e as vagas de emprego a atingirem o nível mais baixo dos últimos dois anos e meio no mês passado.

Os dados mais fracos do que o esperado “levantaram a crença do mercado de que veremos picos de taxas provavelmente mais cedo do que o que o Fed gostaria que acreditássemos”, disse Ole Hansen, chefe de estratégia de commodities do Saxo Bank.

O dólar americano visou a sua primeira subida mensal em três e os rendimentos do Tesouro a 10 anos de referência estavam preparados para a sua quarta subida mensal consecutiva, mantendo o ouro cotado em dólar no caminho de cair 1% em Agosto.

Mas o ouro não remunerado reduziu as suas perdas na segunda metade do mês com a mesma rapidez com que as acumulou na primeira, ajudado por uma recente retração nos rendimentos das obrigações dos EUA em relação aos máximos de 2007.

Os preços ficaram abaixo do nível de resistência chave de US$ 1.950, “o próximo campo de batalha”, disse Hansen, acrescentando que qualquer fraqueza no índice de despesas de consumo pessoal (PCE), preferido pelo Fed para medir a inflação, apoiaria um movimento de alta para o ouro.

A prata caiu 0,4%, para US$ 24,54 por onça, tendo atingido a maior alta em mais de um mês na quarta-feira.

A platina subiu 0,1%, para US$ 974,27, à medida que se dirige para seu segundo ganho mensal consecutivo. O paládio subiu 0,4%, para US$ 1.227,22, mas estava previsto para uma queda mensal de 4%.