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Para o JPMorgan, as utilities estatais controladas por MG estão sendo mal avaliadas pelo mercado

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Na visão do JPMorgan, as utilities estatais controladas por Minas Gerais estão sendo mal avaliadas pelo mercado. O banco aponta ainda que, enquanto a concessionária de energia elétrica Cemig apresenta bons resultados, capex de crescimento com retornos atrativos e avaliação atraente, a concessionária de água Copasa está apresentando menor crescimento, falta de catalisadores orgânicos e um valuation justo.

Com a privatização destas empresas ainda incerta e dependendo de uma agenda política, o banco elevou a recomendação para Cemig de neutro para overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra), enquanto passou a ter recomendação neutra para Copasa (BOV:CSMG3).

O JPMorgan aponta que a Cemig (BOV:CMIG3) (BOV:CMIG4) é uma concessionária integrada de energia elétrica que possui forte projeção de lucros em 2023 com a conclusão da revisão tarifária em maio, ganhos projetados no negócio de geração e transmissão, números bons da Gasmig, continuação de um programa de eficiência, alienações de ativos e melhoria da alocação de capital como catalisadores.

Os analistas do banco veem a Cemig negociando com uma Taxa Interna de Retorno (TIR) implícita de 12,2%, superior à média do segmento de 11,6%, e negociando a 5 vezes o EV/Ebitda (EV = enterprise value, ou valor de mercado + dívida líquida”; Ebitda = lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) em 2024-2025.

“Lembramos ainda que o segmento de distribuição da Cemig não fica exposto ao risco de renovação da concessão, ao contrário de outras empresas integradas do setor”, aponta. O banco possui um preço-alvo para CMIG4 de R$ 16 ao fim de 2024, implicando 29% de upside e 42% de retorno total.

Sobre a privatização, o banco vê muita incerteza no momento. Os analistas ressaltam que o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, quer privatizar empresas estatais e já defendeu no passado abrir mão do controle de algumas, incluindo Cemig e Copasa.

Zema acaba de enviar Proposta de Emenda Constitucional (PEC) à Assembleia do Estado de Minas Gerais (ALMG) para eliminar a necessidade de referendo no caso de privatização no estado, porém o prazo para aprovação é incerto.

A fim de mudar a constituição estadual, 3/5 ou 60% dos deputados estaduais precisam aprovar o projeto. As indicações, segundo reportagens, é que o governo espera terminar as privatizações até 2026.

“Também não sabemos neste momento quais empresas seriam privatizadas e qual seria a ordem das alienações. Prevemos uma elevada volatilidade levando em conta os fluxos de notícias, uma vez que este não deverá ser um processo tranquilo, processo semelhante ao de privatização em curso da Sabesp (SBSP3)”, aponta.
Dado que não incluiu a probabilidade de privatização em seus modelos, o JPMorgan vê a Cemig mais atrativa do que a Copasa, apenas por questão de valuation e catalisadores internos. Excluindo a privatização, vê a Copasa sendo negociada a 0,77 vez o EV/RAB (RAB = base de ativos regulatórios), sem grande potencial de valorização. O preço-alvo para a estatal de saneamento mineira é de R$ 18,50, queda de 0,38% frente o fechamento da véspera.

Do lado de geração/transmissão, o banco cortou recomendação de Alupar (BOV:ALUP11) de overweight para neutro vendo potencial de valorização limitado, falta de catalisadores positivos materiais e dividendos abaixo da média para uma transmissora. O preço-alvo, por sua vez, foi elevado de R$ 30,50 para R$ 31.

O banco aponta que transmissão é atualmente o seu segmento “menos preferido” dentro das concessionárias de energia elétrica devido a avaliações restritas e levando em conta o cenário de crescimento, principalmente dependente de leilões que continuam proporcionando TIRs modestas aos vencedores.

A Alupar segue com a construção de alguns projetos, mas o valor do crescimento inorgânico está se tornando mais desafiador. Mesmo que a companhia ganhe blocos nos próximos leilões de transmissão, o banco não acredita que a criação de valor seria significativa o suficiente para transformar o case.

O banco ressalta que a Alupar fornece TIR implícita mais alta do que os pares como Isa Cteep e Taesa, ambos com recomendação underweight (exposição abaixo da média do mercado, equivalente à venda), mas está atrás desses pares em termos de rendimento de dividendos, um fator chave para investir em ações de transmissão.

“Ao levar em conta a vantagem limitada, o modesto rendimento de dividendos e a falta de catalisadores positivos, em nossa opinião, acreditamos agora que um rebaixamento da classificação para neutra é mais apropriado”, aponta.

As principais escolhas do banco no setor são as units da Copel (BOV:CPLE6) (BOV:CPLE11) e as ações da Auren Energia (BOV:AURE3). Para Copel, estabelece um preço-alvo para dezembro de 2024 de R$ 60, com 38% de potencial de valorização.

“Há margem para uma nova reclassificação após a privatização e acreditamos que CPLE11 deveria ser negociado de forma semelhante à CPFL Energia CPFE3, como uma empresa de qualidade superior e diversificada. Esperamos que a Copel continue melhorando a eficiência e lucratividade agora que é uma empresa privada, com outros catalisadores positivos incluindo alocação de capital (leilões, fusões e aquisições) e pagamentos de dividendos”, aponta.

Para a Auren Energia, o banco estabeleceu um preço-alvo de R$ 17 para dezembro de 2023 (21,5% upside, 34% retorno total, 10,9% de TIR implícita).

Os nomes “menos preferidos” do banco são AES Brasil (BOV:AESB3), Light (BOV:LIGT3), Isa Cteep (BOV:TRPL4) e Taesa (BOV:TAEE11), todos com recomendação underweight.

Informações Infomoney

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