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Suzano (SUZB3): lucro líquido de R$ 5,078 bilhões no 2T23, aumento de 2.690%

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A Suzano registrou aumento de 2.690% no lucro líquido no segundo trimestre de 2023 em relação a igual período do ano passado, saindo de R$ 182 milhões para R$ 5,078 bilhões.

O resultado da companhia foi impulsionado pelo resultado financeiro líquido positivo de R$ 4,536 bilhões, como resultado da valorização cambial sobre a dívida e sobre a marcação a mercado das operações com derivativos, e pelo maior impacto da reavaliação positiva do ativo biológico na rubrica outras receitas/despesas operacionais.

Já o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 3,919 bilhões, queda anual de 38%. Isso levou a uma queda da margem Ebitda ajustada de 12 p.p. (pontos percentuais), para 43%.

A receita líquida somou R$ 9,160 bilhões no segundo trimestre deste ano, uma redução de 20% na comparação com igual etapa de 2022.

Segundo a companhia, a queda da receita é explicada principalmente pelo menor preço médio líquido da celulose em dólar (-21%) e pelo menor volume de vendas no período (-6%).

As despesas gerais e administrativas somaram R$ 427 milhões no 2T23, um crescimento de 17% em relação ao mesmo período de 2022.

O resultado financeiro líquido foi positivo em R$ 4,536 bilhões no segundo trimestre de 2023, revertendo perdas financeiras de R$ 6,975 bilhões da mesma etapa de 2022.

Em 30 de junho de 2023, a dívida líquida da companhia era de R$ 54,317 bilhões, um recuo de 1% na comparação com a mesma etapa de 2022.

O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 2 vezes em junho de 2023, queda de 0,3 p.p. em relação ao mesmo período de 2022.

No 2T23, os investimentos de capital (em regime caixa) totalizaram R$ 6,228 bilhões. O aumento de 67% em relação ao 1T23, ocorreu em função: do maior desembolso pelo pagamento da segunda parcela referente a aquisição de Parkia; dos maiores gastos com o Projeto Cerrado; e dos maiores gastos com manutenção florestal, devido a custos mais altos com serviços de silvicultura.

Por fim, a Suzano anunciou que o início das operações do Projeto Cerrado está previsto para ocorrer até o mês de junho de 2024.

Os resultados da Suzano (BOV:SUZB3) referente suas operações do segundo trimestre de 2023 foram divulgados no dia 02/08/2023.

Teleconferência

O presidente-executivo da Suzano, Walter Schalka, afirmou, porém, em relação aos preços da celulose no curto prazo, que “isso faz parte do jogo”, segundo a Reuters.

O CFO da companhia, Marcelo Bacci, acrescentou que a receita será pressionada nos próximos meses pelo nível de preços do mercado de celulose, mas ressaltou o nível de liquidez da companhia ao final do primeiro semestre, de US$ 6,3 bilhões.

O diretor comercial de celulose da Suzano, Leonardo Grimaldi, afirmou, segundo a Reuters, que os preços de celulose nos mercados internacionais estão atualmente abaixo do custo de produção de muitos fabricantes, o que tem pressionado fechamentos de capacidade. Segundo ele, porém, a carteira de encomendas da companhia estava saudável mês passado, com a companhia operando com nível de estoques ainda abaixo do nível ótimo.

VISÃO DO MERCADO

Bradesco BBI

Os resultados da Suzano no segundo trimestre foram em linha com as estimativas, que estavam abaixo do consenso do mercado, evidenciando a pressão de preços mais baixos da celulose e custo-caixa mais alto, diz o Bradesco BBI.

O analista Thiago Lofiego escreve que os volumes foram ligeiramente maiores do que o esperado, impulsionados pela demanda na China, mas os preços caíram 22% sobre os primeiros três meses do ano.

A dinâmica de resultados da companhia deve enfraquecer ainda mais por conta dos preços continuamente mais baixos e da valorização do real. Já os custos não devem ter alívio tão cedo.

Um ponto positivo foi geração de caixa de R$ 5,3 bilhões, retirando efeitos de investimentos para crescimento, apoiada na reversão de capital de giro e ganhos com derivativos.

O Bradesco BBI tem recomendação de venda para Suzano, com preço-alvo em R$ 54.

Citi

A Suzano registrou lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) cerca de 3% abaixo do esperado e investimentos maiores, mas há alguns sinais positivos nos resultados com custos mais baixos excluindo manutenção e melhores volumes, diz o Citi, em relatório.

Os analistas Stephan Weskott e Carolina Cruzat escrevem que o Ebitda veio mais fraco em base trimestral, com preços de celulose mais baixos, real mais forte e custos ligeiramente mais altos, apesar dos melhores embarques com a melhoria dos volumes da Ásia.

Segundo os analistas, o custo caixa por tonelada no trimestre foi impulsionado por maiores manutenções, mas apresentou uma queda ao ajustar para paradas, ajudado por menor preço de gás natural, produtos químicos e diesel, além de um real mais forte.

Além disso, o fluxo de caixa livre foi neutro apesar do maior investimento, compensado pelos hedges de capital de giro e fluxo de caixa, diz eles. Por fim, afirmam, o Projeto Cerrado tem agora com 70% de avanço físico e 57% financeiro, e o início foi atualizado para junho de 2024 ante projeção anterior de segundo semestre de 2024.

Citi tem recomendação de compra para as ações da Suzano, com preço-alvo de R$ 64, potencial de alta de 33% ante o fechamento de ontem na B3.

XP

A Suzano reportou resultados fracos no segundo trimestre, mas dentro do esperado, com preços de celulose mais baixos, e com as discussões focadas em determinar o ponto de inflexão dos preços da celulose daqui para frente, diz a XP, em relatório.

“Embora o timing permaneça incerto, vemos os recentes anúncios de aumento de preços no mercado como uma indicação positiva”, escrevem os analistas Lucas Laghi, Guilherme Nippes e Fernanda Urbano.

Segundo eles, com os níveis atuais, dois cenários possíveis parecem plausíveis, ou um aumento adicional nos preços ou uma queda na oferta lado para equilibrar o mercado. “No geral, esperamos que os impactos sejam positivos para a Suzano.”

Os analistas ressaltam ainda as maiores despesas gerais e administrativas e menor custo caixa por tonelada excluindo manutenção na divisão celulose, devido a menores custos de insumos como gás natural e petróleo Brent, menores preços de químicos como soda cáustica e valorização do real.

A XP tem recomendação de compra para as ações da Suzano, com preço-alvo de R$ 72,9.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão

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