A Target Corp (NYSE:TGT) surpreendeu os analistas com um considerável aumento nos lucros do segundo trimestre, apesar das preocupações sobre a performance da empresa no restante do ano. No trimestre concluído em julho, os lucros ajustados da empresa cresceram mais de quatro vezes, uma vitória decorrente do sucesso da Target em gerenciar estoques excessivos que levaram a descontos significativos no ano anterior.

A Target também é negociada na B3 através do ticker (BOV:TGTB34).

Esse lucro robusto veio em contraste com a primeira queda nas vendas da empresa em quatro anos e um corte nas projeções de lucros anuais. O desempenho sugere que a Target tem lidado bem com a mudança dos consumidores para compras de itens essenciais em detrimento de bens discricionários.

Embora o desempenho no segundo trimestre tenha sido encorajador, a Target sinalizou que ainda enfrenta desafios significativos. Esse padrão de resultados fortes em meio a preocupações futuras tem sido observado em outras empresas do setor varejista. Por exemplo, a Home Depot (HD, HOME34) relatou vendas mais fortes do que o esperado, mas manteve uma previsão conservadora para o ano.

As ações da Target estão em alta durante as negociações na quarta-feira (16) em resposta aos resultados, marcando sua maior alta desde março de 2022. No entanto, no acumulado do ano, as ações da empresa caíram 16%.

O lucro da Target no trimestre foi impactado por uma controvérsia relacionada à sua coleção de produtos LGBTQ+, que provocou protestos e comportamentos hostis por parte de alguns clientes.

Além disso, embora o varejo norte-americano tenha mostrado resiliência, com vendas superando as expectativas em julho, a Target reconhece que desafios, como o retorno dos pagamentos de empréstimos estudantis, podem afetar o desempenho nos próximos meses. No entanto, a empresa destacou que produtos nas categorias de alimentos e beleza continuam a ter boa performance.

Para o ano fiscal atual, a Target projeta um lucro ajustado entre US$ 7 e US$ 8 por ação, um pouco abaixo das expectativas do mercado. No segundo trimestre, o lucro ajustado foi de US$ 1,80 por ação, superando a previsão média de US$ 1,40. O lucro bruto da empresa foi de 27%, também acima das estimativas. No entanto, as vendas comparáveis no trimestre caíram 5,4%, uma queda mais acentuada do que a prevista por analistas. A receita foi de US$ 24,77 bilhões contra US$ 25,16 bilhões esperados por analistas.