Taxa de desemprego no Japão sobe para 2,7% em julho

A taxa de desemprego do Japão subiu para 2,7% em julho, acima dos 2,5% em junho, à medida que mais mulheres entraram na força de trabalho, informou o Departamento de Estatísticas de terça-feira.
No Japão, o número de empregados caiu 0,1%, para 67,45 milhões ajustados sazonalmente, enquanto o número de desempregados aumentou 6,4%, para 1,84 milhões, informou o departamento.

A taxa de desemprego do Japão atingiu recentemente um pico de 3,1% no final de 2021, sob as tensões da pandemia e das restrições comerciais e de viagens. A taxa de desemprego nacional diminuiu de forma desigual para 2,4% em Janeiro, antes de subir desde então.

A taxa de participação na força de trabalho, ou seja, a percentagem da população que trabalha ou procura trabalho, manteve-se estável em 63,1% em Julho em relação a Junho, segundo dados oficiais.

Um funcionário do governo atribuiu o aumento de mulheres à procura de emprego à recente inflação que corroeu os rendimentos familiares, ao levantamento das restrições relacionadas com o coronavírus nas indústrias de serviços e à antecipação de salários mínimos por hora mais elevados, informou o jornal The Mainichi.

As indústrias do Japão que cresceram mais rapidamente, em termos de emprego, incluíram o sector da informação e comunicações, com um aumento de 5,2% em Julho em termos anuais, e o sector de alojamento e restauração, com um aumento de 2,1% em termos anuais.

Separadamente, o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar informou que havia 129 vagas de emprego no Japão para cada candidato a emprego, uma ligeira redução em relação às 130 vagas disponíveis em Junho.

O Banco do Japão, o banco central do país, indicou que planeia sustentar uma política monetária acomodatícia até que os salários reais comecem a subir, numa tentativa de estimular uma expansão económica duradoura. A menos que sejam invertidos nos próximos meses, a diminuição dos números do emprego em Julho poderá representar um desafio para o banco central.