A Chevron (NYSE:CVX) enfrenta o risco de interrupções operacionais, chegando possivelmente a uma greve total em sua segunda maior planta de gás natural liquefeito (GNL) em Gorgon, bem como em Wheatstone, após a liberação para uma votação sindical na sexta-feira.

A Chevron também é negociada na B3 através do ticker (BOV:CHVX34).

Como um dos líderes globais na exportação de GNL, juntamente com Catar e EUA, um possível movimento de greve na Austrália pode instigar instabilidade nos preços europeus do gás. A razão: temores de que tal greve intensifique a concorrência entre compradores na Ásia e na Europa. A China e o Japão são os maiores consumidores do GNL australiano, seguidos por Coreia do Sul e Taiwan.

O órgão regulador trabalhista australiano recentemente deu luz verde para os sindicatos conduzirem uma “cédula de ação protegida”, permitindo votações secretas dos empregados. Essa medida alimenta a ansiedade de que uma eventual greve possa atingir as exportações de GNL da nação.

Até 24 e 28 de agosto, votações para funcionários em Gorgon, Wheatstone e sua plataforma offshore devem ser finalizadas. Se aprovada, a ação sindical poderia variar de paralisações pontuais a uma completa interrupção das atividades.

A Offshore Alliance, representando sindicatos marítimos e trabalhistas, destaca a luta contra os padrões de emprego da Chevron e incentiva os trabalhadores a apoiarem todas as demandas. Os sindicatos estão focados em melhores salários e condições de trabalho.

Enquanto isso, a Chevron afirma que está em diálogo com seus trabalhadores e garante que tem estratégias para manter operações confiáveis, mesmo diante de possíveis interrupções. Tanto a Chevron quanto a Woodside Energy Group têm dialogado com sindicatos para mitigar possíveis greves, uma vez que suas operações representam aproximadamente 10% do mercado global de GNL.

No passado, um conflito trabalhista de dois meses contra a Shell resultou em perdas de aproximadamente US$ 1 bilhão em exportações até que um acordo fosse alcançado.