O comitê de pessoas do conselho de administração da Petrobras (Cope) vai analisar nesta terça-feira, 21, a indicação de Magda Chambriard à presidência da Petrobras, disseram pessoas próximas ao processo.
Com isso, é provável que a executiva seja nomeada presidente da Petrobras pelo conselho já na próxima sexta-feira, 24. Sua aprovação como conselheira e nomeação como presidente da companhia é o primeiro item na pauta da reunião do colegiado de dez membros (com a saída de Jean Paul Prates), marcada para sexta-feira.
Segundo essas pessoas, a governança interna da Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) já entregou toda a documentação necessária sobre Magda ao conselho, os chamados “Background Check” de Governança e de Integridade (BCG e BCI), e não foram identificados impedimentos à nomeação. Essa posição deve ser ratificada pelo subcomitê de elegibilidade (Celeg) do Cope, formado por dois conselheiros e um membro externo.
Esse processo é virtual e, a partir do recebimento da documentação pelos membros nesta terça, eles têm até a quarta-feira para fazer qualquer objeção. Os envolvidos se comunicam apenas por escrito. A expectativa, porém, é que o assunto seja resolvido ainda nesta terça.
O Estadão/Broadcast apurou que deve constar no parecer do Cope, e depois no do conselho, apenas recomendações de praxe para que Magda se afaste da atividade de consultora, a fim de evitar conflito de interesses relacionados a serviços para concorrentes, fornecedores e clientes da Petrobras. Nos últimos anos, todos os altos executivos da Petrobras têm sido aprovados com esse tipo de recomendação, que serve a outros negócios por eles mantidos.
Julgadores
Desta vez, o Celeg (fração do Cope) será formado pelo conselheiro representante dos minoritários Marcelo Gasparino, pelo conselheiro da União Renato Galuppo e pelo membro externo Fábio Veras. Com cargos no Ministério de Minas e Energia (MME), os demais integrantes do Cope, Maurício de Souza e Arthur Valério não devem participar em função de possível conflito de interesse: estariam julgando a indicação do próprio governo que integram.