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Vulcabras (VULC3): lucro líquido recorrente de R$ 133,8 milhões no 2T23, alta de 40,8%

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A Vulcabras apresentou um lucro líquido recorrente (que exclui efeitos extraordinários) de R$ 133,8 milhões no segundo trimestre do ano, alta de 40,8% na comparação com igual período de 2023. O lucro líquido societário ficou em R$ 139 milhões, uma expansão de 33,9%.

Esse resultado foi registrado graça ao aumento da receita líquida, que ficou em 10,2% no trimestre, chegando a R$ 723,9 milhões. A margem Ebitda ficou em 23,4%, uma melhora de 3,1 pontos percentuais na comparação com o segundo trimestre de 2022.

No entanto, as despesas operacionais também subiram. A alta foi de 19,8%, chegando a R$ 157,9 milhões.

O executivo explica que esse crescimento segue a dinâmica que teve início em 2020, quando a Vulcabras licenciou a marca Azaleia para a Grendene (GRND3) para se concentrar em calçados esportivos. Em 2021, incorporou ao portfólio a Mizuno, o que elevou para três as marcas do portfólio, que ainda conta com a Olympikus e a Under Armour.

“Amadurecemos todo o processo de captura de sinergias, com economia de escala e complementariedade das três marcas”, diz.

Essa combinação faz com que a Vulcabras consiga equilibrar volume, com a Olympikus, e rentabilidade, mais presente nos calçados da Mizuno. Os tênis da marca brasileira podem ser encontrados a um preço de venda de R$ 160 e mesmo os destinados ao mercado de corrida, com os tênis da linha Corre, a principal aposta da marca nos últimos anos, o valor não passa de R$ 800. Já na Mizuno, os calçados de performance chegar a R$ 2 mil.

“A evolução da margem vem das três marcas, mas a Mizuno captura as maiores, com Under Armour e Olympikus da sequência”, diz.

Também é em 2023 que a Vulcabrás registra uma consolidação do seu canal de comércio eletrônico. As vendas do e-commerce no ano somam R$ 107,9 milhões, 8,3% do total da receita operacional líquida. A expectativa é que até o início de 2024 atinja os 10%.

“Estamos caminhando para R$ 300 milhões de receita anualizada em venda direta. É um canal que entrega uma margem maior”, espera.

Os bons resultados da Vulcabras nos últimos trimestres (são 12 trimestres consecutivas de crescimento de receita) fogem do comportamento da restante das calçadistas e do varejo de forma geral. Esse comportamento tem sido percebido por investidores, com as ações da empresa acumulando alta de 66,7% no ano. Para Dantas, no entanto, essa valorização reflete apenas o reporte dos lucros e não o potencial de crescimento da empresa.

“A gente tem que esse crescimento vai se manter por uns bons trimestres. A gente ainda não bateu no teto.”

A boa geração de caixa da operação e o cenário de baixa dívida abre espaço para aquisições. No entanto, o executivo afirma que isso só seria feito se um potencial negócio pudesse entregar uma rentabilidade compatível com o retorno da empresa hoje e que não canibalizasse as demais marcas do portfólio.

“A gente tem uma cultura de disciplina. Aprendemos na dor (se referindo à crise dos anos 1990). Só teríamos um novo licenciamento se fosse um contrato de longo prazo, de 10, 15 anos, para conseguir criar valor”, afirma.

Das três marcas da empresa, apenas a Olympikus é própria. Under Armour e Mizuno são contratos de licenciamento, em que parte dos produtos são produzidos no Brasil e uma outra, importada. A Vulcabras não revela o quanto dos itens vendidos são prevenientes de importação. Só no segundo trimetre, foram 5,4 milhões de pares de calçados vendidos, alta de 8%.

Os resultados da Vulcabras (BOV:VULC3) referente suas operações do segundo trimestre de 2023 foram divulgados no dia 01/08/2023.

Teleconferência

De acordo com o diretor financeiro e de relações com investidores da Vulcabras, Wagner Dantas, a fabricante de calçados está otimista em relação ao segundo semestre, impulsionada pela sólida carteira de pedidos já contratada. Durante a teleconferência de resultados realizada nesta quarta-feira (2), ele afirmou que o atual nível de estoques está adequado para atender a demanda pelo restante do ano. A perspectiva da empresa é positiva, indicando confiança em um desempenho favorável nos próximos meses.

“A maioria do estoque está pré-vendido, patamar não nos preocupa e é necessário para segundo semestre”, disse durante a teleconferência.

O diretor financeiro também destacou que, mesmo com a estabilidade na comparação anual, o volume de calçados importados no segundo trimestre é visto como uma contribuição positiva para a companhia.

“A gente é muito consciente com relação aos riscos que o tema lojas próprias pode trazer, hoje não temos nenhum plano desenhado e nenhuma estratégia”, afirmou Dantas.

VISÃO DO MERCADO

Ágora Investimentos

A Vulcabras reportou outro conjunto de resultados operacionais sólidos que geraram uma reação positiva do mercado. A divisão de calçados esportivos registrou um crescimento de volume de um dígito alto e uma expansão de preço/mix de um dígito médio sustentada pela marca Olympikus com um processo contínuo de inovação, incluindo o lançamento do novo tênis de performance, Grafeno 2.

O maior mix de tênis produzidos e adquiridos no Brasil e ventos favoráveis de custos (matéria-prima/transporte internacional) impulsionaram a expansão da margem bruta de 5,00 p.p. em relação ao ano anterior, o que levou ao EBITDA consolidado maior do que o esperado.

Em nossa visão, as bandeiras amarelas no resultado foram: i) queda de cerca de 12% na receita de vestuário/acessórios; ii) aumento de 30 dias, em base anual, no giro de estoque no 2T23 para 157 dias; iii) continuidade da turbulência no principal mercado de exportação, a Argentina. A categoria de vestuário e acessórios pode ter sido impactada pela antecipação de estoques ou pela baixa demanda por itens discricionários não relacionados ao desempenho esportivo, uma vez que as tendências de receita mudaram substancialmente em relação ao 1T23.

Por fim, segundo o Brazil Journal, o CFO mencionou em entrevista que a Vulcabras deve ter lojas próprias para vender acessórios. Além disso, o CEO está pensando em adquirir outra marca, já que a alavancagem da Vulcabras é praticamente zero e a empresa não faz uma aquisição desde a Mizuno em 2020.

Ajustamos nosso modelo com base nos resultados do 2T23 e aumentamos nosso preço-alvo ao final de 2024 para R$ 24,00 (de R$ 23,00 anteriormente) devido ao forte resultado obtido no trimestre. Mantemos nossa recomendação de Compra, pois acreditamos que a Vulcabras tem uma das avaliações mais atraentes em nosso
universo de cobertura, negociando a 8,9x o múltiplo P/L para 2024, considerando seu crescimento do lucro de 11,2% e 25,3% de ROE esperado em 2023.

XP Investimentos

A Vulcabras superou as estimativas da XP devido à expansão da margem bruta melhor do que o esperado e ao controle de despesas gerais e administrativas. As vendas líquidas aumentaram +10% a/a, pois o preço/mix (+12% a/a) compensou dinâmica fraca de volumes (-1% a/a), principalmente impactada pelos acessórios (-24%) devido ao ambiente macroeconômico desafiador condições climáticas desfavoráveis no Brasil. A recomendação de compra foi mantida, com preço-alvo de R$ 19,0/ação.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão

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