A Petrobras, como parceira do consórcio BM-C33, informa que a operadora Equinor Energy do Brasil Ltda submeteu à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em 20 de setembro de 2023, as declarações de comercialidade das acumulações de petróleo localizadas na área da Concessão BM-C-33.
O comunicado foi feito pela estatal (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) nesta quinta-feira (21).
A Petrobras adquiriu 30% de participação nessa área em 2010, sob Contrato de Concessão, tendo como parceiros Equinor e Repsol Sinopec Brasil com 35% de participação cada.
A Concessão está localizada no pré-sal da Bacia de Campos, aproximadamente a 200 km da costa do Rio de Janeiro, em lâmina d’água de até 2.900 m.
Nas declarações encaminhadas ao órgão regulador pela Equinor, as denominações sugeridas para os novos campos foram Raia Manta e Raia Pintada.
O projeto de desenvolvimento dos campos baseia-se na produção de poços conectados a uma plataforma do tipo FPSO (Floating production, storage and offloading unit) com capacidade para processar 126 mil bpd e a capacidade de produção e escoamento será de 16 milhões de m3 de gás por dia, com vazão média de escoamento de gás natural de 14 milhões de m3 de gás por dia.
A transferência do óleo/condensado segue o modelo já adotado nos sistemas offshore e o gás natural será escoado para a costa por meio de gasoduto submarino que se conectará a uma infraestrutura de recebimento localizada no Terminal de Cabiúnas – TECAB, e então se conectará à malha de transporte de gás.
A expectativa de volumes recuperáveis de óleo e gás é superior a um bilhão de barris de óleo equivalente (boe), com previsão de entrada em operação em 2028. Cabe destacar a modificação da entrada em operação do FPSO, em comparação à previsão anteriormente divulgada no PE 2023-27, do ano de 2027 para 2028. Considerando o portfólio consolidado de ativos e projetos da companhia, não são esperados impactos nas suas metas de produção de óleo e gás natural divulgadas.
A área do BM-C-33 é um dos principais projetos de gás natural em desenvolvimento no Brasil e desempenha um papel fundamental no avanço contínuo do mercado de gás brasileiro. O FPSO também contará com a tecnologia de ciclo combinado, contribuindo para a redução de emissão de CO2.