A Petrobras submeteu um pedido ao Ibama para iniciar o processo de licenciamento ambiental de dez áreas no mar brasileiro destinadas ao desenvolvimento de projetos de energia eólica offshore.
Dentro desse total, sete áreas estão localizadas na região Nordeste (três no Rio Grande do Norte, três no Ceará e uma no Maranhão); duas no Sudeste (uma no Rio de Janeiro e outra no Espírito Santo); e uma no Sul do país, especificamente no Rio Grande do Sul. Ao somar essas áreas, que serão sujeitas a avaliação, é possível identificar um potencial para o desenvolvimento de projetos eólicos offshore com capacidade de até 23 gigawatts (GW).
Com esse movimento, a Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) passa a ser a empresa com o maior potencial de geração de energia eólica offshore no Brasil em termos de capacidade protocolada junto ao Ibama.
“O pedido de início de licenciamento é uma sinalização de interesse da Petrobras para o desenvolvimento de projetos próprios, além dos projetos em parceria, que continuam sendo uma prioridade, a exemplo das áreas que estão sendo estudadas em conjunto com a Equinor”, afirmou a empresa em comunicado.
As duas empresas estão atualmente avaliando a viabilidade técnica, econômica e ambiental de sete projetos de geração de energia eólica offshore ao longo da costa brasileira, com um potencial para gerar até 14,5 GW, conforme anunciado em 6 de março deste ano.
A companhia completou uma década de medições de energia eólica offshore e está intensificando as campanhas de medição em diversas localizações no mar brasileiro, as quais são cruciais para a avaliação da viabilidade técnica de futuras instalações de energia eólica offshore. Isso inclui, por exemplo, seis plataformas situadas em águas rasas ao longo do litoral dos estados do Rio Grande do Norte, Ceará e Espírito Santo.
De acordo com a Petrobras, a área escolhida no estado do Rio de Janeiro se destaca em relação a todas as outras já submetidas ao Ibama para projetos de energia eólica offshore, pois é a única situada em profundidades d’água superiores a 100 metros, onde não é viável utilizar fundações fixas cravadas no solo marinho.
Nesse caso, “as instalações têm que ser flutuantes e sua viabilização abrirá possibilidades de integração e fornecimento de energia para as plataformas de produção da companhia”, explicou a empresa petrolífera.