Retomada dos pagamentos de empréstimos estudantis pode afetar negativamente a DoorDash

Os pagamentos de empréstimos estudantis, interrompidos durante a pandemia, estão prestes a serem retomados, levando os especialistas de Wall Street a ponderar sobre os impactos potenciais nos padrões de gasto do consumidor. Na sexta-feira (15), analistas da MoffettNathanson expressaram preocupações específicas sobre o setor de entrega de alimentos online, apontando que a DoorDash (NYSE:DASH) poderia ser diretamente afetada.

A DoorDash também é negociada na B3 através do ticker (BOV:D2AS34).

A avaliação fez com que as ações da DoorDash registrassem uma queda de 3,1%, após o rebaixamento das mesmas e uma diminuição no preço-alvo de US$ 110 para US$ 93 por ação. Segundo os analistas, a natureza “luxuosa” da entrega de alimentos, especialmente após os confinamentos, pode torná-la mais suscetível a cortes discricionários nos orçamentos dos consumidores.

Enquanto os analistas reconheceram o sucesso da DoorDash e a resiliência do setor de restaurantes, eles observaram que a entrega de comida é um dos gastos mais discricionários. Com base em dados federais, foi destacado que indivíduos entre 24 e 49 anos detêm uma parcela significativa da dívida de empréstimos estudantis e muitos recorrem a serviços de entrega, como Uber Eats e DoorDash.

Estes insights sugerem que, com a retomada dos pagamentos dos empréstimos estudantis, serviços como a DoorDash e Uber Eats podem enfrentar uma pressão descendente nos negócios. No entanto, a DoorDash reportou recentemente resultados trimestrais positivos e continua a diversificar seus negócios, abrangendo áreas como supermercados e varejo.

Em relação ao desempenho do mercado, as ações da DoorDash aumentaram 66% ao longo do ano, superando a alta de 16,4% do S&P 500 no mesmo período. Analistas em junho já haviam sinalizado que gigantes do comércio eletrônico, como Amazon, Walmart e Target, também poderiam ser impactados pela retomada dos pagamentos de empréstimos estudantis.