A Apple (NASDAQ:AAPL) promoveu Tim Millet, um veterano executivo da empresa, para liderar sua iniciativa secreta focada em um dispositivo não invasivo para monitoramento de açúcar no sangue. Millet, que já desempenhou um papel fundamental na arquitetura de chips para iPhone e Mac, agora comandará o projeto que esteve por algum tempo sem uma liderança fixa, após o falecimento de seu antecessor, Bill Athas, no ano passado.
A Apple também é negociada na B3 através do ticker (BOV:AAPL34).
A responsabilidade do projeto estava temporariamente com os subordinados diretos de Athas, que então passaram a reportar-se diretamente a Johny Srouji, Vice-Presidente Sênior de Tecnologias de Hardware da Apple. Agora, a equipe de monitoramento de glicose ficará sob a direção de Millet, um colaborador de longa data de Srouji e que está na Apple há quase duas décadas.
A Apple tem investido fortemente em tecnologias relacionadas à saúde, o que vem influenciando o mercado acionário dos concorrentes. A divulgação inicial do projeto resultou em quedas nas ações da Dexcom Inc (NASDAQ:DXCM) e Abbott Laboratories (NYSE:ABT). Notavelmente, a Dexcom teve uma queda de 3,5% após recentes atualizações sobre o projeto.
Esta semana, a empresa lançou novas versões de seus relógios com processadores mais velozes, embora sem grandes avanços em termos de saúde. Contudo, ao longo dos anos, novos sensores foram adicionados para mensurar a quantidade de oxigênio no sangue e a temperatura do corpo. A Apple também tem um monitor de pressão arterial em desenvolvimento, com previsão de lançamento para os próximos dois anos. O objetivo com o monitor de glicose é que ele seja suficientemente compacto para ser integrado ao Apple Watch.
Durante seu tempo na Apple, Millet desempenhou um papel crucial na transição da empresa dos processadores da Intel Corp. para os chips proprietários M1 e M2. Ele também representou a empresa em diversas apresentações e entrevistas relacionadas a novos projetos de semicondutores.
O desenvolvimento do monitor de glicose da Apple é interessante por sua complexidade tecnológica. Baseia-se em um sistema avançado de chips que utiliza sensores para emitir lasers na pele, avaliando a quantidade de glicose no corpo. Este sistema, quando aliado a algoritmos de inteligência artificial, é capaz de medir o nível de açúcar no sangue.
Desde 2011, a Apple vem trabalhando nesse monitor. Embora o lançamento para o público em geral ainda esteja a alguns anos de acontecer, fontes internas afirmam que a tecnologia já se provou eficaz. Recentemente, a empresa conseguiu reduzir o tamanho do dispositivo, comparável ao de um iPhone, e está trabalhando para miniaturizá-lo ainda mais, com o intuito de integrá-lo a dispositivos vestíveis, como o Apple Watch.